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Impedida de participar, Rússia terá planeado ciberataque aos Jogos Olímpicos de 2020

Uma investigação conjunta do Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido e agências norte-americanas concluiu que os serviços militares russos estavam a planear um ciberataque em grande escala aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que iam decorrer este ano em Tóquio.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, os serviços secretos da Rússia planeavam alegadamente conduzir ataques informáticos contra os organizadores, os serviços logísticos e os patrocinadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que iam ocorrer este ano em Tóquio, mas que foram adiados devido à pandemia de covid-19.

O Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido suspeita que, para o ataque russo, seriam criados sites falsos e que seria levada a cabo uma ação de “pear phishing”, que consiste na recolha de dados dos utilizadores. Depois, os serviços russos iriam utilizá-los para semear a confusão na logística dos Jogos Olímpicos.

Segundo o Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido, que trabalhou em colaboração com agências norte-americanas, este ciberataque terá tido origem numa espécie de “vingança” contra a decisão do Comitê Olímpico Internacional, que baniu a Rússia de todos os eventos desportivos a nível mundial, após as autoridades russas terem sido acusadas de violar dados laboratoriais e ocultar testes positivos de doping.

Em declarações ao jornal britânico, Dominic Raab, secretário das Relações Exteriores do Centro Nacional de Cibersegurança britânico, disse que as “ações da Rússia contra os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são cínicas e imprudentes” e que o centro condena a ação “nos termos mais fortes possíveis”.

Por outro lado, o centro britânico considera que será difícil culpabilizar os serviços de inteligência russos pelo ataque de 2020, uma vez que toda a informação relativa ao ataque cibernético terá sido eliminada.

Raab garantiu ainda que o “Reino Unido continuará a trabalhar com os seus aliados para alertar e combater futuros ataques cibernéticos maliciosos”.

Agora, as autoridades pretendem evitar um ataque semelhantes nos próximos Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos, que foram adiados devido à pandemia para os meses de julho e agosto de 2021. 

Esta não é a primeira vez que a Rússia é acusada de realizar um ataque informático conta este evento desportivo.

Na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, os serviços de inteligência russos terão bloqueado o acesso ao site do evento, o que fez com que os espetadores não pudessem imprimir os bilhetes e não conseguissem entrar no local do evento. Além disso, os serviços russos terão desligado o wi-fi do local da cerimónia.

ZAP //

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