A última década foi a mais quente do Oceano Atlântico em quase três milénios, aponta uma nova investigação da Universidade de Massachusetts em Amherst, nos Estados Unidos, e da Universidade de Quebec, no Canadá.
As temperaturas oceânicas tem oscilado num padrão cíclico ao longo das últimas décadas e séculos, mas o recentes picos de temperatura registados vão para lá dos valores habituais e padronizados, escreve o portal Earther.
Os cientistas conseguiram rastrear a flutuação da temperatura do Oceano Atlântico ao longo de 2.900 anos estudando núcleos de sedimentos do Ártico canadiano, que flutuam juntamente com as oscilações de temperatura.
Os núcleos analisados mostram subidas e descidas regulares nas temperaturas do Atlântico, mas evidenciam também que, nas últimas décadas, houve um aumento sem precedentes no aquecimento deste oceano, explicam no novo estudo, publicado no PNAS.
Tal como refere o portal Futurism, a publicação não procura identificar as causas por detrás deste aumento das temperaturas do Atlântico, mas uma vez que as subidas não estão em linha com os padrões, os sinais apontam para as mudanças climáticas.
O aumento das temperaturas do Atlântico podem implicar temporadas de tempestades e furações mais devastadoras, bem como extinções em massa.