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Regresso ao passado. Alemanha volta a ativar as sirenes da Guerra Fria

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Sascha Steinbach / EPA

Milhares de sirenes soaram por toda a Alemanha pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria. Este foi um teste nacional criado para informar as pessoas sobre o que fazer em caso de haver uma catástrofe, e para testar a rapidez dos serviços de emergência nessas situações.

Os alarmes soaram às 11h de quinta-feira. Podia ter sido um momento assustador para os alemães, mas as autoridades fizeram questão de informar a população com antecedência. Todas as escolas, centros de assistência e abrigos de migrantes foram avisados, uma vez que o alarme poderia causar o pânico, e até traumatizar idosos ou refugiados que poderiam associar as sirenes à guerra.

Christoph Unger, presidente do escritório federal de proteção civil e socorro em acidentes – BBK – explica que a população teve de ser avisada porque hoje em dia as coisas já não funcionam como na altura da Guerra Fria “quando as pessoas encontravam uma explicação para os sinais de alerta nas páginas amarelas.”

Segundo o The Guardian, o objetivo desta ação é informar o público sobre o que fazer em caso de uma situação de perigo. Assim ficam a saber que uma sirene que muda de tom sem interrupção é um aviso, e um único sinal com a duração de um minuto indica o fim de uma emergência.

O aviso foi enviado através de notificações em smartphones, e em mensagens exibidas em outdoors digitais, mas os métodos digitais não funcionaram a 100% e algumas pessoas não receberam as mensagens. “Estamos cientes de que em parte não funcionou. Houve atrasos devido a uma sobrecarga do sistema de aviso”, disse uma porta-voz do BBK após o exercício.

No auge da guerra fria, havia cerca de 86 mil sirenes espalhadas por toda a Alemanha. A maioria dos alarmes foram retirados durante a reunificação em 1991, mas ainda existem muitos em algumas cidades. Em Berlim, a maioria dos sistemas de alarme foi retirada nos últimos anos, depois dos moradores reclamarem do barulho.

Algumas regiões – como a Saxónia e a Baviera – reativaram as sirenes após as grandes inundações que ocorreram nas regiões em 2002, desta forma podiam dar sinais de alerta à população.

Esta parece uma forma de manter os alemães em alerta, o que os deixa confiantes e seguros em caso de acidentes. Lotte, uma alemã de 52 anos, disse que se sentiu “arrepiada” quando as sirenes tocaram, durante a sua visita a Potsdam.

“Sinto-me segura ao saber que as sirenes ainda funcionam. E também é uma forma de ensinar aos jovens o que fazer numa emergência”, conclui Lotte.

ZAP //

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3 Comments

    • De facto o Putin é um doido, tal como o Trump. Mas é engraçado a popularidade que eles tem nos seus países. O Putin vai lá continuar, o Trump vai ser reeleito. Como são líderes que defendem intransigentemente os seus países, os outros tentam descredibilizar. Como verdadeiros democratas que somos, vamos passando os dias a contestar e ridicularizar quem foi democraticamente eleito. Tal como já outrora alguém disse: “isto é uma democracia, mas quem manda sou eu”!!!

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