O IC 19 (Itinerário Complementar), que liga Lisboa a Sintra, é a estrada mais perigosa de Portugal com um recorde de acidentes com vítimas, de acordo com o Relatório Anual da Sinistralidade Rodoviária de 2013.
Segundo o relatório divulgado na página da Internet da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e citado hoje pelo jornal Correio da Manhã, o IC 19 tem seis “pontos negros”, três dos quais com o maior indicador de gravidade dos 58 troços analisados.
Os “pontos negros” designam os lanços de estrada com o máximo de 200 metros de extensão, no qual se registaram, pelo menos, cinco acidentes no ano em análise.
O documento da ANSR indica que os seis “pontos negros” do IC19 causaram no ano passado três mortos, quatro feridos graves e 51 ligeiros.
De acordo com o relatório, o troço mais grave do IC19 situa-se entre os quilómetros 4,6 e 4,8, junto à curva do Palácio de Queluz.
Neste troço registaram-se seis acidentes com um morto, dois feridos graves e sete ligeiros.
O IC19 é considerado a estrada mais perigosa do país, mas o IP7 é a via com mais “pontos negros” (sete), embora com acidentes menos gravosos.
Os 58 “pontos negros” em todo o país registados no relatório da ANSR, envolvem também a A20 (Circular Interna do Porto) e o IC17 (CRIL, Circular Interna de Lisboa), com cinco, e a Autoestrada 5, que liga Lisboa a Cascais, com quatro.
Entre as estradas mais perigosas estão também as Estradas Nacionais EN1 (Lisboa-Porto), EN12 (Circunvalação do Porto), e EN125 (Algarve), com três “pontos negros”.
O relatório realça ainda que em 2013 registaram-se 30.339 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 518 mortes no local do acidente ou durante o transporte para o hospital, menos 55 do que em 2012.
De acordo com o documento, ocorreram também 2.054 feridos graves, menos seis do que em 2012, e 36.818 feridos ligeiros (mais 628 do que em 2012).
Em relação a 2012, registou-se um aumento de 1,6% de acidentes com vítimas e uma redução de 9,6% de vítimas mortais e 0,3% de feridos graves, é referido no relatório.
A colisão foi o tipo de acidente mais frequente, representando cerca de metade dos acidentes com vítimas ocorridos em 2013 (51%/15.369).
Em comparação com o ano anterior, registou-se, segundo a ANSR, um decréscimo substancial no número de mortos resultantes de despistes, menos 20% (-53).
O relatório indica também que em 2013, 62,7% (325) do total de vítimas mortais foram condutores, 18,5% (96) passageiros e 18,7% (97) peões.
Segundo o documento, os atropelamentos fizeram mais vítimas no ano passado (5.538), mais 234 do que em 2012.
Entre 1 de janeiro e 30 de junho deste ano morreram nas estradas portuguesas 209 pessoas, menos 22 do que em igual período de 2013, e registaram-se 908 feridos graves e 15.971 feridos ligeiros, nos 55.562 acidentes verificados.
/Lusa