Desde fevereiro que se têm registado, em França, casos de animais que são mutilados e mortos. Normalmente, cortam-lhes uma orelha, mas há animais aos quais também são cortados os órgãos genitais. Pelo país, há quem já fale em rituais satânicos. A polícia francesa já prendeu um homem sob suspeita de mutilar cavalos.
Cavalos, póneis e burros têm sido atacados, mutilados e até mortos em todo o país. As autoridades ainda desconhecem o que motiva os atos macabros, mas anunciaram esta segunda-feira, a detenção de um homem de 50 anos que pode estar ligado aos incidentes. De acordo com o The Guardian, o homem foi detido depois de uma imagem gerada pelo seu computador começar a circular.
Mais de 30 cavalos sofreram ataques ao longo deste ano. Alguns foram até esfaqueados e estripados. A maioria dos animais é encontrada com – pelo menos – uma orelha cortada, mas há outros que são encontrados em situações de extrema violência, adianta a revista Sábado.
As forças de segurança acreditam que várias pessoas estão envolvidas, e há especulações de que possam ser motivadas por rituais satânicos ou cultos.
As autoridades de Yonne construíram uma imagem do suspeito com o testemunho de Nicolas Demajean, o dono de uma quinta, cujas instalações foram atacadas em agosto. Segundo o Le Parisién, Demajean ficou ferido ao tentar enfrentar os dois agressores, que acabaram por mutilar dois póneis com facas, e mutilaram um cavalo.
De acordo com a Sábado, também Remy Marehcal, um ferreiro de Preux-au-Bois, encontrou um pónei sem um olho, e dois cavalos feridos em agosto. “Primeiro, pensei que fosse acidental. Disse para mim mesmo – “numa vila tão pequena quanto esta, não pode ser possível’, lamentando os acontecimentos.
A polícia aconselhou as pessoas que têm cavalos a estarem atentas às propriedades e avisarem as autoridades sobre comportamentos suspeitos.
A situação já levou à intervenção de dois ministros, Gerald Darmanin (Ministro do Interior) e Julien Denormandie (Ministro da Agricultura), que vão reunir-se com vários criadores de cavalos e investigadores para discutir uma forma de pôr fim a este cenário.