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A luta contra a covid-19 estava (quase) vencida, mas agosto trouxe um presente envenenado à Islândia

gogeid / Flickr

Akureyri, na Islândia

A Islândia esteve perto de vencer a pandemia de covid-19, mas o mês de agosto voltou a trazer o novo coronavírus ao território.

A 24 de abril, a Islândia não registou uma única nova infeção por covid-19 e, desde então, seguiram-se dezenas de dias em que não se registaram novos casos. A 26 de julho, o país registou quatro novos casos e, até esta segunda-feira, tiveram sempre pelo menos um.

As regras de combate à pandemia tinham vindo a ser relaxadas, mas, segundo a Sábado, a Islândia viu-se obrigada a reforçá-las para conter a propagação do vírus. Desde março, altura e que foi detetado o primeiro caso no país, já foram detetados 2.092 casos de covid-19 e registadas 10 mortes.

Esta terça-feira, Þórólfur Guðnason, epidemiologista responsável pelo combate à pandemia na Islândia, afirmou que as medidas restritivas serão aliviadas na próxima semana.

No entanto, o especialista reforçou que é essencial que as pessoas continuem a ter cuidados com o vírus, continuem a testar-se e que quem entrar no país se sujeite a um teste de rastreio, lembrando que não podem aliviar restrições à entrada enquanto os restantes países as reforçam.

Os três meses de tranquilidade nem sempre foram uma realidade a tempo inteiro neste país, dado que, entre março e abril, a Islândia teve vários dias com mais de 90 casos diários. Como aconteceu em dezenas de países ocidentais, concluiu-se que os primeiros casos, depois de uma análise ao genoma do vírus, tinham origem no surto que foi encontrado nos Alpes italianos, em fevereiro.

Ao contrário do resto da Europa, a Islândia nunca impôs uma quarentena generalizada. Mesmo assim, a nível económico, o país sofreu, até porque grande parte das receitas proveem do turismo.

ZAP //

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