A defesa de Rui Pinto alegou que o hacker contactou o ex-administrador da Doyen Sports, Nélio Lucas, e o confrontou com as ilegalidades por ele cometidas. No seguimento, terá recebido uma proposta para trabalhar como técnico de informática para o fundo de investimento, recebendo 25 mil euros por ano.
Na contestação apresentada ao Tribunal, a defesa acusou o fundo de investimento de mostrar interesse em que Rui Pinto espiasse a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), num processo em que o hacker está acusado de tentativa de extorsão à empresa, avançou esta sexta-feira o Jornal de Notícias, que teve acesso ao processo.
De acordo com o documento, Rui Pinto terá contactado Nélio Lucas com um pseudónimo, informando-o que ia entregar o material à imprensa. Terá depois falado com o advogado Aníbal Pinto para o representar em negociações num contrato de prestação de serviços, sendo intermediário para que o hacker pudesse manter o anonimato.
O advogado reuniu-se com Nélio Lucas a 21 de outubro de 2018, encontro no qual o ex-administrador da Doyen que terá admitido que “estava impressionado” com as capacidades do hacker e que “pretendia contratá-lo, referindo, inclusive, o interesse que (…) tinha em conseguir obter informação da FPF”.
Posteriormente, Rui Pinto ter-se-á apercebido do “grave erro em que incorrera” e decidiu continuar com a divulgação dos documentos do Football Leaks.
“O mundo do futebol tinha de saber a verdade acerca dos negócios obscuros do futebol e era seu dever divulgá-la, o que decidiu continuar a fazer”, indicou a contestação, afirmando ainda que o ex-administrador da Doyen terá tentado chegar a um acordo, mas Rui Pinto estava “inflexível”. “O arguido desistiu apesar de Nélio Lucas ainda querer pagar”.
A tentativa de extorsão de Rui Pinto à Doyen, que geria passes de jogadores de futebol, é um dos 90 crimes pelos quais o hacker será julgado a partir de 04 de setembro.
Pronto. Houve uma tentativa de corromper por parte da Doyen quando foi confrontada com as suas trafulhices e o Rui Pinto, apesar de ter achado piada inicialmente, logo se afastou da ideia e continuou a sua missão de desvendar as trafulhices alheias aos canais média principais. Porque é que isto está a ocupar recursos nos tribunais? Apanhem mas é os trafulhas que continuam livres e a rirem-se desta “justiça”..