A bolsa da Nova Zelândia sofreu esta sexta-feira um ciberataque pelo quarto dia consecutivo e que obrigou a adiar a abertura por mais de três horas.
De acordo com a operadora de bolsa NZX Ltd na praça localizada na capital da Nova Zelândia, Wellington, os problemas que ocorrem desde terça-feira são causados por um ataque que consiste em inundar a rede de uma empresa com excesso de informação, para os sistemas entrarem em colapso.
Segundo a CNBC, a NZX sofreu ataques DDoS (negação de serviço distribuída) do exterior através do seu provedor de serviços de rede na terça e na quarta-feira. Isso interrompeu as negociações em ambos os dias, mas em horários diferentes. Na quinta-feira, o comércio foi interrompido novamente devido a problemas de conectividade de rede relacionados aos ataques anteriores.
A Bolsa de Valores da Nova Zelândia já tinha perdido uma hora de negociação na terça-feira, três na quarta-feira e quase seis horas na quinta-feira devido aos ataques cibernéticos.
Os ataques DDoS estão entre as formas mais simples de ataques cibernéticos. Envolve a entrega de um grande fluxo de informações e tráfego de Internet, geralmente com a ajuda de uma rede.
O Ministro das Finanças da Nova Zelândia, Grant Robertson, disse, em conferência de imprensa, que o governo está ciente da situação e que instruiu o Government Communications Security Bureau (GCSB) a fornecer assistência à NZX.
“Há limites para o que posso dizer hoje sobre a ação que o governo está a tomar nos bastidores devido a importantes considerações de segurança”, disse Robertson, acrescentando que o National Cyber Security Center, que faz parte do GCSB, está a auxiliar o operador da bolsa e que o Sistema de Segurança Nacional foi ativado para garantir a coordenação entre as agências e apoiar o NZX.
O mercado de ações da Nova Zelândia operado pela NZX é palco de um volume de negócios anual que ronda os 20.500 milhões de euros.
ZAP // Lusa