Trump diz que não quer adiar eleições, mas insiste em risco de fraude

Yuri Gripas / EPA POOL

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos esclareceu, esta quinta-feira, que não quer adiar as eleições Presidenciais, agendadas para novembro deste ano, depois de o ter sugerido no Twitter.

Esta quinta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu no Twitter que, “com o voto por correspondência, 2020 terá as eleições mais inexatas e fraudulentas da História”, o que será “um grande embaraço para os EUA”. Por isso, o chefe do Estado terminou com a pergunta: “Adiar as eleições até que as pessoas possam votar de maneira adequada, segura e protegida?”.

Mas, no mesmo dia, em conferência de imprensa, Trump explicou que não é sua intenção reagendar as eleições. “Se quero ver uma mudança de data? Não, mas também não quero umas eleições desonestas. Estas eleições vão ser as mais fraudulentas da História se isso acontecer”, afirmou, citado pelo jornal online Observador.

De acordo com o jornal digital, mesmo que o Presidente republicano quisesse alterar a data das eleições, a legislação norte-americana impede-o de fazer. Para isso, explica, é necessário um ato do Congresso que, por ser composto maioritariamente por democratas, dificilmente seria aprovado.

No domingo, Trump invocou a “maioria silenciosa” para mostrar a sua confiança numa vitória nas próximas eleições, agendadas para 3 de novembro.

Apesar de as sondagens apresentarem o candidato democrata, Joe Biden, à frente das intenções de voto, e apesar de os níveis de violência aumentarem nas contestações sociais em várias cidades norte-americanas, Trump mantém a confiança na sua reeleição para um segundo mandato.

Para além da contestação social, os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia de covid-19. Os últimos números elevam o total de mortes para 151.794 e o de casos confirmados para 4.487.072, segundo a última contagem da Universidade Johns Hopkins.