Trump diz que vai ser reeleito graças à “maioria silenciosa”

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Yuri Gripas /ABACA / POOL

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos EUA invocou, este domingo, a “maioria silenciosa” para mostrar a sua confiança numa vitória nas próximas eleições Presidenciais, apesar de aumentarem tensões sociais em várias cidades norte-americanas.

“Na opinião de muitos observadores, a campanha de Trump gera mais entusiasmo do que qualquer outra campanha na história do nosso grande país, ainda mais do que em 2016”, escreveu o Presidente na sua conta pessoal do Twitter.

“Biden não tem [hipótese]! A maioria silenciosa falará a 3 de novembro. As falsas supressões dos votantes e notícias falsas não vão salvar a esquerda radical”, escreveu ainda, prometendo derrotar as sondagens que o apresentam oito pontos atrás do seu adversário democrata em vários estados norte-americanos, incluindo Arizona, Florida e Michigan.

Apesar de as sondagens apresentarem o candidato democrata à frente das intenções de voto nas eleições Presidenciais de novembro, e apesar de os níveis de violência aumentarem nas contestações sociais em várias cidades norte-americanas, Trump mantém a confiança na sua reeleição para um segundo mandato.

O chefe de Estado aposta numa campanha centrada no restabelecimento da “lei e da ordem”, quando as manifestações antirracistas e contra a violência policial provocam o caos em diversos estados.

O Presidente tem enviado agentes federais para várias cidades, apesar dos protestos de governadores e autarcas democratas que se queixam da ingerência da Casa Branca na segurança dos seus territórios.

Biden também já criticou o comportamento do Presidente, acusando-o de desrespeitar a Constituição e procurar impor um “estado militarizado”, referindo-se à presença dos agentes federais, que se apresentam sem uniforme nas manifestações de protesto.

Trump tem respondido, dizendo que os dirigentes democratas estão a falhar no seu papel de garantir a segurança dos cidadãos e acusa Biden de prometer retirar fundos de financiamento para as forças de segurança.

Ex-estratega de Clinton aposta na derrota de Trump

Num novo artigo de análise política, citado pelo semanário Expresso, Doug Sosnik, ex-estratega de Bill Clinton quando se recandidatou à Presidência, considerou que a forma como Trump está a encarar a pandemia de covid-19 no país vai custar-lhe caro.

“Trump está a protagonizar uma repetição da campanha de 2016 num país diferente daquele que o elegeu como Presidente. Trump mudou a nossa política, mas o coronavírus mudou o país. Ambos aceleraram uma nova era na política americana”, afirmou.

“Em 2016, os eleitores tinham uma escolha entre dois candidatos. Na campanha para uma reeleição veem um referendo à Presidência de Trump”, disse ainda, acrescentando que “as sondagens mostram uma clara correlação entre a propagação do vírus e a queda contínua da aprovação de Trump.”

Segundo uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins, os EUA registaram, nas últimas 24 horas, 518 mortos e 55.187 infetados com o novo coronavírus.

Os dados de domingo elevam o número total de mortes para 146.909 e o de contágios para 4.229.624 desde o início da pandemia.

ZAP // Lusa

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