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Costa namora a geringonça. “Procurar o bloco central é como caçar gambozinos”

Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

É sabido que António Costa, eterno enamorado pela geringonça, está a tentar reatar os laços com a esquerda. Em relação ao cenário de bloco central, o primeiro-ministro não hesita em afirmar que é “um mito urbano”.

Nesta fase conturbada, em que o país se encontra em pleno processo de recuperação da crise provocada pela pandemia de covid-19, António Costa quer contar com os seus braços esquerdo e direito, que é como quem diz, com o Bloco de Esquerda e o PCP, antigos parceiros de geringonça.

O primeiro-ministro está, assim, focado no caminho à esquerda, afastando a todo o custo um cenário de bloco central. Aliás, em relação a essa situação, não hesita em afirmar que não passa de “um mito urbano”.

Isso de “procurar o bloco central é como caçar gambozinos“: um “mito urbano”, disse o primeiro-ministro, e também secretário-geral do PS, numa grande entrevista concedida à revista Visão.

Já em relação à difícil tarefa de tirar Portugal de uma crise profunda, Costa, que está ao leme, mantém o otimismo perante a adversidade. “Ser otimista não significa ser irrealista, e manifestamente vivemos um momento de incerteza enorme e assim continuaremos até haver um tratamento ou uma vacina. Sem isso, dificilmente conseguiremos ter um regresso à normalidade.”

A “esperança” é irrevogável, disse o governante, que vê com bons olhos o acordo alcançado entre os líderes europeus, que vai dar a Portugal 58 mil milhões de euros.

“Não nos podemos queixar da falta de poder de fogo. A parte da Europa, a Europa fez”, disse, sublinhando que “temos a bazuca“. “É preciso saber aproveitá-la e não falhar o tiro.”

ZAP //

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