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Homicida de Bruno Candé recusa prestar declarações e fica em prisão preventiva

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Bruno Candé Marques / Facebook

O ator Bruno Candé Marques, morto a tiro em Moscavide, Loures

O alegado homicida de Bruno Candé Marques foi colocado em prisão preventiva, com o tribunal a entender que há perigo de fuga. O suspeito recusou prestar declarações.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte decidiu colocar em prisão preventiva o suspeito do homicídio do ator Bruno Candé. O tribunal considera haver perigo de fuga, “em razão da natureza e das circunstâncias verificadas, de perturbação grave da ordem e tranquilidades públicas”, avança o jornal Público.

O homem é acusado de homicídio qualificado e detenção de arma proibida. Ouvido em tribunal no início da tarde desta segunda-feira, o suspeito recusou-se a prestar declarações.

Bruno Candé, de 39 anos, morreu, este sábado, em Moscavide, Loures, depois de ter sido abatido a tiro por outro homem, com cerca de 80 anos. Candé era ator da companhia de teatro Casa Conveniente e já tinha participando em telenovelas. De nacionalidade portuguesa, mas de ascendência guineense, deixa três filhos menores, de sete, cinco e três anos.

Em comunicado, a família refere que o ator “foi alvejado à queima-roupa, com quatro tiros, na rua principal de Moscavide” e que “o seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes, proferindo vários insultos racistas”.

“Face a esta circunstância”, a família considera que “fica evidente o caráter premeditado e racista deste crime” e exige que “a justiça seja feita de forma célere e rigorosa”.

Fonte policial explicou que a discussão entre Bruno Candé e o alegado homicida “tinha começado na última quarta-feira por causa da cadela [a quem terá batido] e reacendeu-se no sábado pelos mesmos motivos quando os dois homens se voltaram a encontrar na rua”.

“Tudo aponta para uma desavença por motivos fúteis em que a parte mais fraca entendeu que só podia equilibrar as coisas com uma arma”, acrescentou a fonte ouvida pelo Expresso.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, repudiou este domingo a morte do ator Bruno Candé, que qualificou como “um crime horrível, um assassinato violento, racista“.

A bloquista defendeu que é bom que se perceba que “racismo não é opinião, é crime“, e que, “quando se tira a humanidade a outros com o racismo, estas coisas acontecem”.

A direção nacional do Chega sustentou, também este domingo, que a morte do ator Bruno Candé Marques é uma tragédia sem relação com o racismo e acusou a esquerda de aproveitamento destes casos.

Numa nota enviada aos órgãos de comunicação social, o partido liderado pelo deputado André Ventura reiterou a ideia de que “a sociedade portuguesa não é racista” e considerou “que o aproveitamento político que a esquerda faz destes episódios é deplorável”.

Portugal é o país menos racista da Europa, talvez do mundo, pelo que só nos resta transmitir à família e amigos de Bruno Candé sentimentos de solidariedade e conforto”, acrescentou a direção nacional do Chega, nesta curta nota, com três parágrafos.

ZAP //

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4 Comments

    • Estando eu proximo deste caso, garanto que nao houve nehumas frases racistas.

      A zanga prende-se com motivos fúteis e normais de quem anda pela rua.Zangas q acontecem muitas vezes entre pessoas.

      Sendpo assim so posso cocluir, que ha muita gente interessada em inventar cosias em portugal apra aumentar odios, criar casoas, gerar confusao e ter direitos especiais q os outros nao tem.

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