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Miranda do Corvo decreta três dias de luto municipal por morte de bombeiro. MAI abre inquérito

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Peter da Silva / EPA

A Câmara de Mirando do Corvo decretou três dias de luto municipal em memória do bombeiro da corporação de voluntários da vila José Augusto Dias Fernandes, que morreu no sábado, durante o combate a um incêndio.

O presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Miguel Baptista, “decretou três dias de luto municipal em memória e reconhecimento de José Augusto Dias Fernandes, chefe dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo”, informa a autarquia numa nota enviada este domingo à agência noticiosa Lusa.

“Tragicamente falecido no cumprimento da nobre missão de defesa da comunidade”, José Augusto Fernandes era também funcionário do município, adianta a nota da Câmara de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra.

A autarquia apresenta aos familiares, amigos e “a toda a família dos Bombeiros Voluntários e da Câmara Municipal” de Miranda do Corvo “as mais sentidas condolências neste momento de dor partilhado por todos os mirandenses”, acrescenta a nota.

O luto municipal será cumprido este domingo, na segunda e na terça-feira.

O chefe José Augusto Fernandes morreu e três bombeiros ficaram feridos no sábado durante o combate ao incêndio que deflagrou ao final da tarde numa encosta da Serra da Lousã, junto a um acesso ao Trevim, no concelho da Lousã (distrito de Coimbra), que terá sido provocado pela trovoada que se fez sentir na região.

Fonte da autarquia da Lousã disse à Lusa que o incêndio foi antecedido por uma trovoada seca, acompanhada por vento forte, que dificultou o trabalho de mais de 220 bombeiros de diversas corporações dos distritos de Leiria e Coimbra.

Ao jornal Expresso, um dos comandantes dos bombeiros da Lousã disse que “nada fazia prever este desfecho”, era um “incêndio normal, em que a coluna de fumo não está inclinada, tocado a vento e atiçado por trovoada seca”, descreveu.

A mesma fonte disse ao semanário que os primeiros pedidos de socorro chegaram às 19h19, tendo o auxílio chegado vinte minutos depois.

Mudança de vento pode ter causado a morte

Entretanto, comandante da Proteção Civil admitiu este domingo que possa ter sido uma mudança de vento a cercar a equipa do bombeiro de Miranda do Corvo que morreu a combater um incêndio na Lousã, mas reservou conclusões para depois dum inquérito.

Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa indicou que o incêndio que matou um bombeiro e provocou ferimentos em quatro outros da corporação de Miranda do Corvo começou com uma trovoada seca e que, nessas condições, há “mudanças de vento repentinas nas camadas inferiores da atmosfera, junto ao chão”.

“Rapidamente, num terreno que é muito difícil e com grande declive, poderá ter havido uma alteração de vento que levou a que o chefe José Augusto se visse na vicissitude de não conseguir sair da zona onde acabou por falecer”.

“No entanto, vamos aguardar com calma e serenidade que sejam feitos todos os inquéritos pelas autoridades competentes como foi determinado pelo ministro da Administração Interna para que se tirem conclusões e se evitem situações destas”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Pois a trovoada seca pois. Se calhar até foi o Covid.
    Mais um fogo premeditado, encomendado pelos empresários do costume. Um fogo com as mesmas características de tantos outros estranhos fogos. Fogos que nascem em dias de vento e em locais de difícil acesso dão mais uma vez que pensar! Enquanto a justiça tardar a meter na prisão os empresários sem escrúpulos que encomendam os fogos o espectáculo dos incêndios em Portugal irá continuar infelizmente !

    • Pensei exactamente o mesmo, Já não seria a primeira vez que ao abrigo de trovoadas, vários incêndios ocorrem mesmo antes das trovoadas acontecerem em certos locais.

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