Depois de fechar as suas fronteiras para os turistas no final de março por causa da pandemia da covid-19, Cuba prepara-se agora para reabrir várias das suas baías ao turismo – mas há algumas exceções.
O Governo cubano anunciou esta quarta-feira que vai abrir as fronteiras aos turistas, mas, para já, os cubano-americanos ficam de fora da reabertura.
Tal como escreve a revista norte-americana Newsweek, isto acontece porque o Governo de Cuba orientou os seus cidadãos a não manter qualquer contacto com os cidadãos estrangeiros, tentando evitar assim a propagação da covid-19 no país.
Na prática, os cubano-americanos não poderão visitar os seus familiares até que toda a ilha esteja totalmente aberta ao turismo, na última fase de reabertura do setor. Mas também há restrições para os nativos: não podem ficar em hotéis destinados a acomodar turistas.
Apesar dos sinais e da vontade demonstrada para reabrir portas ao setor do turismo, Cuba não avançou ainda uma data oficial para reabrir, não dizendo também quando é que permitirá que os cubano-americanos visitem as suas famílias.
Quando chegarem à ilha, os turistas serão obrigatoriamente submetidos a testes rápidos de diagnóstico à covid-19, serão sujeitos a medições de temperatura quando voltarem a entrar nos hotéis e terão os seus quartos limpos e desinfetados diariamente.
Os funcionários das unidades hoteleiras também serão controlados frequentemente.
Além das questões de saúde pública, a covid-19 veio impactar fortemente a economia cubana. Entre janeiro e abril deste ano, a ilha recebeu menos um milhão de visitantes do que em igual período do ano passado.
A doença, causada pelo novo coronavírus oriundo da China, já fez 2.300 infetados e 86 vítimas mortais em Cuba, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA).