O acordo entre David Neeleman e o Governo está prestes a concretizar-se, escreve o Expresso. Aparentemente já só falta a confirmação da Azul para garantir o acordo.
Depois de a nacionalização da companhia ter sido dada como quase certa na imprensa, os privados aceitaram as condições impostas pelo Governo para um acordo na companhia, evitando assim a nacionalização “forçada”. Agora, de acordo com o Expresso, o acordo entre David Neeleman e o Governo já só depende da confirmação final da companhia aérea brasileira Azul.
O Governo vai avançar para a compra da participação de Neeleman de 22,5% na TAP e vai conceder o empréstimo de 1,2 mil milhões de euros para salvar a TAP. Assim como outras companhias aéreas, a TAP foi fortemente prejudicada pela pandemia de covid-19, que interrompeu o tráfego aéreo durante um longo período de tempo.
O Estado vai reforçar a sua posição na companhia, ficando com 72,5% do capital da transportadora, Humberto Pedrosa com 22,5% e os trabalhadores com 5%. David Neeleman fica fora da equação.
A conferência de imprensa do Conselho de Ministros, que esteve reunido durante toda a manhã de quinta-feira, deverá acontecer às 17h00.
O despacho para a nacionalização ‘forçada’ estava pronto para ser aprovado hoje, mas o acordo de última hora evitou que se chegasse a esse ponto, escreve ainda o Expresso. A Azul, por sua vez, aceitou prescindir do direito a converter em ações o empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros que fez à TAP em 2016.
O Governo quer ainda que Antonoaldo Neves abandone a presidência executiva da TAP, como consequência da saída de David Neeleman. O mandato desta administração termina no final deste ano, mas o Executivo pretende afastá-lo o quanto antes, deixando a reestruturação da empresa para outra pessoa.
Apesar dos avanços nas negociações, importa frisar, não há ainda um acordo oficial, havendo, para já, um acordo de princípio entre o Governo e a companhia aérea Azul, companhia brasileira fundada por Neeleman, que é obrigacionista da TAP.