António Costa garantiu, esta tarde, que foram pagos os valores respeitantes a todos os pedidos de lay-off válidos que entraram no sistema até ao dia 10 de abril.
Esta quinta-feira, no arranque do debate quinzenal, o primeiro-ministro defendeu que foram pagos os valores respeitantes a todos os pedidos de lay-off válidos, que entraram no sistema até dia 10 de abril. “Lamento desiludi-lo, mas efetivamente não houve atrasos”, foi assim que António Costa respondeu à questão do líder parlamentar do CDS.
“Eu disse aqui, na Assembleia da República, que todos os pedidos válidos que entrassem até ao final da primeira semana de abril seriam pagos até ao final do mês de abril. Acontece que, graças ao extraordinário esforço dos funcionários da segurança social, foram pagos até 30 de abril todos os pedidos válidos que entraram até dia 10 de abril”, argumentou o governante.
“E a nova promessa não foi uma nova promessa, foi dizermos o que já tinha sido dito. Todos os pedidos que entraram e são válidos até ao final da semana passada, 30 de abril, serão pagos até ao final da próxima semana, ou seja, até ao dia 15 de maio”, acrescentou o primeiro-ministro.
Durante o debate quinzenal, Costa adiantou ainda que foram feitos pagamentos a 6, 16, 19 , 24 e 30 de abril e, reconhecendo que, pelo processo normal da transferência bancária, o dinheiro tenha caído já este mês (dia 4 e 5), garantiu: “Está tudo pago num universo total de 64.500 empresas e 492 mil trabalhadores”.
“Não creio que seja legítimo, na atual fase em que estamos, atacar pessoas que são funcionários públicos do Estado e que estão a dar o seu melhor num esforço absolutamente extraordinário para cumprir decisões políticas”, disse ainda António Costa, dirigindo-se diretamente a Telmo Correia.
“Se tivesse havido atrasos, não era atrasos do ministro ou da ministra, era o atraso da máquina da Segurança Social, e a máquina da Seg. Social são pessoas concretas que também têm doenças, que também têm familiares doentes”, argumentou, para logo de seguida salientar “o extraordinário” da máquina da Segurança Social.
“O que os funcionários públicos conseguiram fazer foi, em pouco mais de mês e meio, o que levariam 187 anos a tratar. Isto só merece uma palavra: obrigado aos profissionais da Seg. Social”, rematou o primeiro-ministro.
Apoio à TAP com mais controlo
Sobre a TAP, António Costa assegurou que só haverá apoio à companhia com “mais controlo e uma relação de poderes adequada“, mas assegurou que a transportadora aérea continuará a “voar com as cores de Portugal”.
“O Estado não meterá – nem sob a forma de forma de garantia, injeção de capital ou empréstimo – um cêntimo que seja na TAP sem que isso signifique mais controlo e uma relação de poderes adequada a esse apoio que vier a conceder”, assegurou.
No debate quinzenal, Costa foi desafiado pelo líder do PSD, Rui Rio, a explicar qual o modelo de apoio previsto para a TAP e se esta continuará a ser uma empresa nacional ou se preferirá concentrar grande parte da operação em Lisboa, ironizando que, se assim for, poderá mudar de nome para “Linhas Aéreas da Estremadura“.
Na resposta, António Costa concordou com Rui Rio que a TAP tem feito um “subaproveitamento” do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, e sobre o futuro da TAP deixou algumas garantias.
“Haja o que houver, a TAP continuará a voar com as cores de Portugal e continuará a cumprir missões absolutamente essenciais como assegurar a continuidade territorial, a relação com a nossa diáspora e os serviços de interesse público que presta no Continente e na ligação com as duas Regiões Autónomas”, assegurou.
“Apoio haverá, apoio sem controlo não haverá“, reforçou o governante, dizendo que o Governo recusará passar qualquer “cheque em branco” à empresa.
ZAP // Lusa