“As empresas de comunicação social são empresas iguais às que fabricam móveis, sapatos, têxteis”, disse o líder do PSD, Rui Rio, criticando os apoios que o Governo destinou aos média durante a pandemia.
Em entrevista à CMTV, Rui Rio voltou a criticar os apoios previstos pelo Governo à comunicação social, que passam pela compra antecipada de publicidade paga para compensar a perda de receitas publicitárias devido à pandemia de covid-19.
“As empresas de comunicação social são empresas iguais às que fabricam móveis, sapatos, têxteis. Se têm uma dificuldade, devem ter todos os apoios que existem para todas as empresas”, afirmou, dizendo discordar de uma subsidiação especial.
Rio admitiu, contudo, que pode ser “mais simpático dar dinheiro à comunicação social”, uma vez que o Governo precisa deste setor para “passar a sua mensagem”. “Mas isso não é um argumento de interesse nacional, é mais partidário”, apontou.
Na entrevista, o líder dos sociais democratas foi ainda questionado se defende para a TAP um empréstimo ou um aumento da participação do Estado.
“É preciso aferir também a viabilidade da empresa. É uma intervenção estratégica, mas tem limites, tem de ser feito com plano de negócios e com contas, para que possamos salvar ou não a TAP, mas salvar mesmo, não é dar balão de oxigénio”, afirmou, sublinhando que “a TAP é uma empresa tecnicamente falida”.
Rio recusou que, se o Estado aumentar a sua participação na TAP, se trate de uma nacionalização indireta. “É uma capitalização que o privado não está capaz de acompanhar, eu espero que esteja, mas se o Estado vier a entrar com mais força agora não quer dizer que fique eternamente, pode ficar quatro ou cinco anos até aparecer algum interessado na sua participação”, disse.
O Governo está a analisar a eventual concessão de apoios públicos à TAP, para assegurar a sua continuidade, segundo o relatório e contas da empresa pública Parpública, que detém 50% da companhia aérea. Atualmente, a TAP tem a sua operação suspensa quase na totalidade e, no âmbito das medidas de apoio às empresas impactadas pela pandemia de covid-19 na economia, recorreu ao ‘lay-off’ simplificado dos trabalhadores.
Na quinta-feira, em entrevista à RTP, o primeiro-ministro, António Costa, recusou-se a colocar já na agenda qualquer revisão do plano estratégico da TAP e adiantou que o Governo vai aguardar pelo quadro europeu de medidas para o setor da aviação civil.
Desde 2016 que o Estado (através da Parpública) detém 50% da TAP, resultado das negociações do Governo de António Costa com o consórcio Gateway (de Humberto Pedrosa e David Neeleman), que ficou com 45% do capital da transportadora. Os restantes 5% da empresa estão nas mãos dos trabalhadores.
Vá lá, parece que este acordou. Tem sido uma verdadeira nódoa enquanto líder da oposição. Era bom que saísse após tudo isto passar. É inaceitável pouco ou nada dizer perante tudo aquilo que temos visto e ouvido. Desde peregrinações a Fátima, às máscaras sim hoje e não amanhã, o atrasar do encerramento das fronteiras e imposição do estado de emergência quando na vizinha Espanha a situação já estava totalmente descontrolada, os apoios prometidos pelo estado que ninguém vê, os negócios dos ajustes diretos e os rios de dinheiro para a banca, enfim… as tradicionais vigarices a que o ps já nos habituou.
Decididamente não é o homem para liderar a oposição e muito menos para Portugal.