Guterres sublinha “tarefa fundamental” dos jornalistas durante a pandemia

André Kosters / Lusa

O ex-primeiro-ministro e atual secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu no domingo a “tarefa fundamental” dos jornalistas no combate à pandemia da Covid-19 e exigiu aos governos a garantia de que estes profissionais possam fazer o seu trabalho em plena liberdade.

“À medida que a pandemia evolui, há uma segunda pandemia, a da desinformação, que vai desde conselhos de saúde prejudiciais até teorias conspirativas disparatadas. A imprensa dá-nos o antídoto: notícias e análises verificadas, científicas e baseadas na realidade”, afirmou Guterres, numa mensagem para assinalar o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, que se comemorou no domingo.

Segundo avançou a agência Lusa, o antigo primeiro-ministro português lamentou, no entanto, que desde o início da crise sanitária muitos jornalistas estejam a ser “objeto de restrições e punições maiores, apenas por exercerem o seu trabalho”.

“As restrições temporais à liberdade de circulação são essenciais para vencer a Covid-19. Contudo, não se deve abusar delas para reprimir a capacidade dos jornalistas trabalharem”, sublinhou.

António Guterres insistiu que os cidadãos necessitam dos meios de comunicação social para poderem tomar decisões informadas, que, no atual contexto, podem fazer a diferença “entre a vida e a morte”.

A nível global, segundo um balanço da agência AFP, a pandemia já provocou mais de 243 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A Covid-19, uma doença respiratória aguda, é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, havendo 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Lusa //

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