A polícia da Noruega deteve, esta terça-feira, o empresário Tom Hagen, um dos homens mais ricos do país, e acusou-o de ter assassinado a mulher, que está desaparecida desde 2018.
O caso tornou-se mediático desde o primeiro momento. Anne-Elisabeth Hagen foi vista pela última vez na sua casa de Lorenskog, em Akershus, perto de Oslo, no final de outubro de 2018. A mulher era casada com Tom Hagen, a quem se atribui uma fortuna de 916 milhões de coroas norueguesas (cerca de 81 milhões de euros), de acordo com o jornal E24.
Inicialmente, o caso foi tratado como um possível sequestro. Em janeiro, soube-se que os seus potenciais raptores demandavam 85,9 milhões de coroas norueguesas – cerca de 8,8 milhões de euros – em criptomoedas para libertar a mulher e ameaçavam recorrer à violência se as suas exigências não fossem atendidas. A polícia referiu que a carta com estas exigências foi encontrada uma carta na casa do casal, a leste de Oslo.
No entanto, em junho de 2019, os investigadores anunciaram que a mulher poderia ter sido assassinada e o seu desaparecimento era, na realidade, uma forma de cobrir o crime.
As pistas finalmente levaram ao marido, detido a caminho do trabalho. “As suspeitas contra Hagen aumentaram com o tempo”, disse uma porta-voz da polícia, Ase Kjustad Eriksson, numa conferência de imprensa, citado pelo jornal espanhol ABC.
O principal investigador, Tommy Broske, concluiu que “não houve sequestro”, mas que “tudo fazia parte de um engano planeado“. Brøske escusou-se a comentar as suspeitas existentes e os supostos motivos do milionário para matar a mulher, alegando que a investigação ainda está em aberto.
As conclusões da investigação serão apresentadas esta quarta-feira à justiça, tendo sido pedidas quatro semanas de prisão preventiva para Tom Hagen e permissão para abrir os registos dos seus bens.
Tom Hagen, um investidor imobiliário e proprietário de instalações elétricas, ocupa o 172º lugar na lista das pessoas mais ricas da Noruega, de acordo com a revista financeira Kapital.
ZAP // Lusa