A organização de direitos humanos Reprieve afirma que a Arábia Saudita levou a cabo 800 execuções desde que o rei Salman bin Abdulaziz assumiu o poder, a 13 de janeiro de 2015, avança a imprensa internacional.
A organização britânica, que luta pelas vítimas de violações dos direitos humanos, diz que a taxa de execuções no reino quase duplicou durante o reinado de Salman bin Abdulaziz.
O jornal britânico The Independent, que avança os números esta quinta-feira, frisa que estes valores são conhecidos apesar de o príncipe herdeiro, Mohammed Bin Salman, ter dito nos últimos tempos que o reino pretende “minimizar” o número de execuções.
Entre 2009 e 2014, houve 423 execuções na Arábia Saudita.
Em 2019, acredita-se que a Arábia Saudita tenha executado 185 pessoas, 37 das quais numa execução em massa que terá sido levada a cabo em abril.
Este é o número anual mais elevado de mortes desde que a Reprieve e a Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos começaram a controlar as execuções no país.
“Apesar de toda a retórica de reformas e modernização [no país], a Arábia Saudita ainda é um país onde falar contra o rei pode matar“, lamentou Maya Foa, diretora da Reprieve, citada pelo jornal britânico The Independent.