O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, abdicou do seu salário na totalidade até que as competições voltem à normalidade, avançou esta sexta-feira o Mais Futebol.
O portal de desporto refere que a decisão de Pedro Proença foi tomada por solidariedade num momento em que muitos clubes e organismos se debatem com dificuldades financeiras provocadas pela pandemia de coronavírus oriundo da China (covid-19).
Vários outros funcionários da Liga também tiveram cortes salariais, segundo avança a imprensa desportiva. Helena Pires, diretora executiva do organismo, viu o seu salário ser cortado em 40%, enquanto os restantes funcionários do organismo ficaram sem subsídio de isenção de horário, que representava 28% do ordenado.
À semelhança de Pedro Proença, os cortes dos restantes membros da Liga vão manter-se até que as competições sejam retomadas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 96 mil. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
“Nenhum jogo vale mais do que uma vida”
À semelhanças das principais ligais europeias de futebol, o campeonato português encontra-se suspenso por tempo indeterminado.
Nesta quinta-feira, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, reforçou a ideia de que “nenhum jogo vale mais do que uma vida” e considerou que “seria mais do que irresponsável obrigar as competições a recomeçar” face à pandemia da covid-19.
“Nenhum jogo, nenhuma competição, nenhuma liga vale mais do que uma única vida humana. Todos no mundo deveriam ter isto bem claro. Seria mais do que irresponsável obrigar as competições a recomeçar, se as coisas não estiverem 100% seguras. Se tivermos de esperar um pouco mais, temos de o fazer. É melhor esperar um pouco mais do que correr riscos”, afirmou Infantino, em entrevista ao site brasileiro UOL.
O líder da FIFA reforçou, assim, uma opinião que já tinha emitido durante um congresso da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), salientando que a principal prioridade deve ser “a saúde” e, depois, “ajudar a comunidade futebolística” a fazer face ao “impacto financeiro desta crise, que terá repercussões enormes”.
“Por isso, ouçamos o que as autoridades sanitárias têm a dizer. Ouçamos os peritos. Vamos trabalhar em estreita colaboração com eles e seguir sempre as suas orientações e conselhos”, vincou o italo-suíço.
Coronavírus / Covid-19
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Fantástico!
Fantástico seria se ele o recebesse e o doasse a famílias com falta dele.
Não receber salário, mas eventualmente usar o cartão dourado à descrição, assim também eu fazia boa figura nos jornais!