Há uns meses, a energia solar era uma das mais promissoras, mas tudo mudou com a chegada da pandemia de Covid-19. De norte a sul do país, projetos de centenas de milhões de euros para grandes centrais fotovoltaicas estão agora ameaçados.
Pedro Amaral Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (Apren) adiantou ao semanário Expresso que, para projetos já licenciados, “poderá haver adiamento por rotura das cadeias de fornecimento de equipamentos e construção de centrais solares”. Miguel Barreto, fundador da Gesto Energia e promotor de projetos fotovoltaicos, também admite que “possa haver constrangimentos”, ainda que não tenha tido conhecimento de casos concretos.
Um outro gestor do setor, ouvido pelo matutino, foi ainda mais longe, garantindo que “a crise económica vai impactar muitíssimo os projetos das empresas menos sólidas e menos bem preparadas”.
“Acredito que muitos players adiem os projetos. Se antes da Covid-19 havia dificuldade em arrancar com alguns projetos (especialmente do leilão solar de julho de 2019), agora a situação será ainda mais difícil”, disse, adiantando que “há três grandes players do setor que já não pagam os salários na Europa por causa da crise da Covid-19”.
A verdade é que a pandemia de Covid-19 está a provocar quedas bolsistas históricas e é possível que muitos investimentos fiquem em suspenso, nomeadamente neste setor.
Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, disse ao Expresso que, neste momento, “não se sabe se há painéis (solares), quando e a que preço“. “Os bancos e seguradoras estão no casulo, os fundos preocupados e os agentes económicos em baixo.”
Já Pedro Norton, presidente executivo da Finerge, mantém o seu interesse no próximo leilão: “Pelo nosso lado mantemos para já a intenção de participar. Admito que existam players a repensar, mas não tenho conhecimento direto disso.”
De acordo com o semanário, os próximos meses ajudarão a perceber de forma mais concreta como a crise provocada pela pandemia de Covid-19 irá afetar aquele que é um dos eixos centrais da política de descarbonização em curso em Portugal.
Ainda bem, menos umas quantas ppp a sugar recursos. Isto era boa altura para em estado de emergencia acabar com essa merda de contratos ppp todos. Usar esse dinherio diretamente para equipar o sns.
Os chinocas são aos biliões e fabricam tudo depressa e barato! Com a globalização a Europa passou para segundo plano!.
Setores importantes serão impactados por essa crise. Não se sabe quando as empresas vão recuperar sua produção e a queda temporária de produção vai reduzir o consumo de energia.
Investimentos que levam mais tempo para gerar receita têm sua taxa de ROI prejudicada e podem ficar inviáveis. Vamos observar o futuro.