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Operação Marquês adiada por tempo indeterminado

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Mário Cruz / Lusa

O debate instrutório da Operação Marquês, liderado pelo juiz Ivo Rosa, foi adiado por tempo indeterminado por causa do surto do novo coronavírus oriundo da China (Covid-19), avança a SIC Notícias.

Ao sexto dia de alegações, Ivo Rosa decidiu adotar as recomendações do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e anulou, como medida de contenção do coronavírus, a sessão que se ia realizar esta quinta-feira, conta o semanário Expresso.

Numa nota divulgada nesta quarta-feira, o CSM recomendou que só se realizassem as sessões de julgamento ou outras diligências que tivesse em mãos direitos fundamentais, como é o caso de arguidos em prisão preventiva.

A Operação Marquês, que tem no antigo primeiro-ministro José Sócrates o centro da investigação, não tem nenhum arguido nesta situação.

Para estava quinta-feira, estava agendada a intervenção da defesa de Carlos Santos Silva, o empresário que o Ministério Público sustenta ser o testa de ferro de José Sócrates.

Além de José Sócrates o processo conta com outros nomes. Ricardo Salgado (ex-presidente do BES), Carlos Santos Silva, Joaquim Barroca (ex-administrador do Grupo Lena), Zeinal Bava, (ex-presidente executivo da PT), Armando Vara (antigo deputado e ministro e ex-administrador da CGD), são outros dos arguidos.

Ao todo, estão em causa suspeitas de 188 crimes de natureza económica. José Sócrates é acusado de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.

Os factos que foram investigados na Operação Marquês tiveram lugar entre 2006 e 2015.

ZAP //

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