O ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho marcou presença na convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL), ouvindo elogios e desafios, numa altura em que a direita busca um “líder agregador”. No final, o ex-primeiro-ministro, cuja mulher morreu há dias de cancro, foi claro ao dizer que está fora da vida política.
“Estou fora da vida política”, afirmou o antigo primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas, quando já deixava a Culturgest, em Lisboa, onde decorreu o encontro, depois de uma manhã de debates sobre a Europa e as alternativas de direita à extrema-esquerda e à esquerda radical, em que foram oradores Miguel Morgado, seu ex-adjunto quanto esteve no Governo (2011-2015), André Ventura, do Chega, e João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, deputados dos dois novos partidos que entraram para o Parlamento em 2019.
Logo pela manhã, Paulo Portas, líder do CDS quando ambos estiveram no poder, em aliança, elogiou Passos Coelho, saudando-o, quando estava na primeira fila do encontro, como alguém “a quem o país muito deve”.
Na sua intervenção, centrada na globalização, Portas falou numa conversa que teve com Passos sobre governar e, no final, deu-lhe um abraço.
No debate seguinte, com Ventura e Cotrim Fiqueiredo, Miguel Morgado falou da necessidade de uma “federação das direitas” com “uma liderança” para vencer a esquerda nas urnas e voltar ao poder.
Ora, o nome de Passos Coelho como potencial líder dessa “federação das direitas” veio em jeito de pergunta feita pelas redes sociais, na aplicação da conferência, e foi lida pelo moderador do debate, José Manuel Fernandes.
Miguel Morgado não escondeu a sua “admiração” por Passos Coelho, mas não respondeu directamente à questão, ao dizer que o antigo primeiro-ministro está neste momento “a fazer a sua vida”. A mulher de Passos Coelho faleceu, recentemente, vítima de cancro.
André Ventura ainda gracejou quando Morgado disse que não estava a “lançar” Passos Coelho. “Estás, estás”, atirou o deputado do Chega.
Discreto, Passos Coelho saiu da sessão da manhã evitando os jornalistas, e já na rua, disse que está “fora da vida política”.
ZAP // Lusa
Que bando!… todos bons moços!…
Já diz o proverbio: “Diz-me quem te elogia e dir-te-ei que és”!!