Depois de a Turquia anunciar, na sexta-feira, a abertura das fronteiras para os refugiados sírios rumarem à Europa, milhares de migrantes e refugiados reuniram-se, no domingo, na fronteira ocidental do país para tentar entrar na Grécia por terra e por mar, o que levou a confrontos com os militares gregos.
Segundo noticiou o Observador, citando a agência Lusa, ao abrir as fronteiras com a Europa para a passagem de migrantes e refugiados, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, adiantou que, nas horas seguintes, entre 25 mil e 30 mil pessoas poderiam tentar chegar à Grécia.
Em apenas 24 horas após a Turquia abrir as fronteiras, a polícia grega impediu quase 10 mil migrantes de as atravessar. A BBC avançou que alguns migrantes arremessaram pedras, barras de metal e botijas de gás lacrimogéneo quando foram impedidos de passar, com as autoridades gregas a responderam com gás lacrimogéneo.
Pelo menos 500 pessoas, transportadas em sete barcos, alcançaram as ilhas de Lesbos, Samos e Chios, onde os campos de refugiados estão sobrelotados.
A Grécia suspendeu novos pedidos de asilo para o próximo mês. No Twitter, o primeiro-ministro grego Kyriákos Mitsotákis invocou uma cláusula de emergência referente a um tratado da União Europeia para “garantir total apoio europeu”.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 13 mil pessoas abandonaram a Turquia com destino à Grécia. Citado pela Euronews, o ministro da Proteção Civil da Grécia, Michalis Chrisochoidis, assegura que “milhares de pessoas estão retidas nas nossas fronteiras. Não chegaram aqui por acaso, foram expulsas pela Turquia. O nosso país vizinho está a explorá-las em benefício próprio”.