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Sonae Capital duplica prejuízos para 12 milhões (mas quer pagar 15 milhões em dividendos)

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Os prejuízos da Sonae Capital agravaram-se em 2019 para 12,3 milhões de euros, que comparam com 6,04 milhões de euros negativos no ano anterior.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae Capital informa que “o resultado líquido foi de 12,3 milhões de euros, refletindo principalmente o efeito contabilístico non cash associado à venda da participação da RACE”.

“Excluindo este efeito, a evolução do resultado líquido teria sido positiva face ao ano anterior, onde o valor registado foi de seis milhões de euros negativos”, refere a empresa liderada por Miguel Gil Mata.

No mesmo período, o EBITDA consolidado aumentou 9,9%, para 38,1 milhões de euros. Já o volume de negócios consolidado atingiu 300 milhões de euros em 2019, um crescimento de 27,3% face ao ano anterior.

Por seu lado, o volume de negócios das unidades de negócio situou-se em 269 milhões de euros, valor que traduz um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior, sendo realçado “o crescimento de dois dígitos nos segmentos de hotelaria e fitness e de três dígitos no segmento de energia (dada a integração da Futura Energía Inversiones).

Na unidade de ativos imobiliários é de destacar o crescimento de 12,6% do Troia Resort, que reforça o crescimento de 7,4% registado nas Operações de Troia.

O investimento aumentou 58,6% para a 51,7 milhões de euros em 2019 face ao ano anterior, impulsionado por aquisições na área da energia – a Futura Energía Inversiones por 6,2 milhões de euros -, do fitness, que inclui a aquisição da cadeia Urban Fit, e pela construção de uma central de cogeração alimentada a biomassa, no valor de 27,4 milhões.

Segundo o presidente executivo da Sonae Capital, citado no comunicado, “o projeto de construção da central termoelétrica a biomassa florestal residual, em Mangualde, entrou na sua fase final e mantém-se em linha com o previsto, tanto em cumprimento de prazo, como de montante de investimento”.

No segmento de fitness (Solinca, Pump e One), a Sonae Capital detém 37 clubes e mais de 104 mil sócios ativos, o que representa um crescimento de 21,6% face ao ano de 2018. Em 31 de dezembro de 2019, o bloco de ativos imobiliários do Grupo Sonae Capital ascendia a 324,6 milhões de euros, refere a empresa no comunicado ao mercado.

Dividendos de 15 milhões

Apesar de ter fechado o ano passado novamente no vermelho, a Sonae Capital pretende pagar 15 milhões de euros em dividendos aos seus acionistas.

“O conselho de administração irá propor, em assembleia geral anual de acionistas, a distribuição de dividendos no valor de 15 milhões de euros, equivalentes a um dividendo ilíquido de 0,060 euros por ação”, pode ler-se no mesmo comunicado enviado à CMVM, citado pelo Jornal de Negócios.

Tal como nota o diário, este valor corresponde a um dividend yield de 8% relativamente à cotação de fecho do dia 31 de dezembro de 2019 (que se fixou em 0,753 euros) e representa um ligeiro decréscimo face aos 7,4 cêntimos distribuídos no ano passado.

“O resultado líquido deste ano [2019] evoluiu de forma negativa, impactado pelo reconhecimento de uma menos-valia relacionada com a alienação da RACE e pela ausência de vendas significativas de ativos Imobiliários sobre os quais, no entanto, mantemos boas perspetivas de curto prazo”, explica o CEO da Sonae Capital

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. O uso da imagem do Continente para ilustrar esta noticia não é a mais correcta, pois o Continente faz parte da Sonae MC (que tem tido bastantes lucros) e não da Sonae Capital.

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