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Centeno falha meta. Dívida pública sobe 600 milhões de euros em 2019

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Nuno Fox / Lusa

A dívida pública aumentou 600 milhões de euros no ano passado face a 2018, fixando-se em 249.740 milhões de euros, segundo dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta segunda-feira.

Apesar do rácio da dívida pública ter vindo a diminuir, em termos nominais falhou a meta de queda esperada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, já em 2019.

Segundo os dados revelados pelo BdP, de acordo com o Jornal Económico, para o aumento da dívida pública contribuiu o aumento de 2,3 mil milhões de euros dos títulos de dívida e das responsabilidades em depósitos de mil milhões de euros, “por via, principalmente, de certificados do Tesouro”.

“Estas variações foram em parte compensadas pela amortização de empréstimos (2,7 mil milhões), em grande medida influenciada pelo reembolso antecipado de 2,0 mil milhões de euros de empréstimos obtidos no âmbito da Facilidade Europeia de Estabilidade Financeira (FEEF) do Programa de Assistência Económica e Financeira”, explica o regulador.

Em outubro, o Governo fez um pagamento antecipado de dois mil milhões de euros aos credores europeus pelos empréstimos concedidos durante a intervenção da troika, com o objetivo de poupar 120 milhões de euros em juros, e depois do pagamento ao FMI.

O BDP explica que os ativos em depósitos das administrações públicas diminuíram 2,1 mil milhões de euros em 2019, “pelo que a dívida pública líquida de depósitos registou um acréscimo de 2,7 mil milhões de euros em relação ao ano anterior, totalizando 235,3 mil milhões de euros”, acrescenta.

No Parlamento, a 10 de janeiro, Mário Centeno, mostrou-se confiante que a redução do rácio da dívida pública face ao Produto Interno Bruto (PIB) se tenha estendido também ao valor nominal em 2019. Depois de realçar a trajetória de redução do rácio nos últimos anos, admitiu “a possibilidade de a dívida pública já ter diminuído em termos nominais”, em 2019, salientando estar “à espera de uma boa notícia”. Porém, não foi isso que aconteceu.

De acordo com o jornal ECO, o rácio da dívida pública registou o pico em 2016, quando atingiu os 131,5% da riqueza produzida. Desde então, tem vindo a cair, sendo que a proposta de Orçamento do Estado para 2020 prevê que o nível de endividamento tenha baixado para 118,9% do PIB em 2019 e volte a diminuir para 116,2% do PIB este ano. No entanto, estes dados apenas poderão ser calculados depois de ser divulgado o PIB, cuja estimativa está agendada para 14 de fevereiro.

ZAP //

44 Comments

      • Tu deves ter um de dois problemas, se é que não tens os dois:
        – Não sabes ler, caso contrário terias visto que referi valor absoluto
        – Não sabes o que é valor absoluto

        Enfim… perdeste uma boa oportunidade para estar quieto.

      • O caro amigo não é de economia e isso é evidente nas enormidades que por aqui costuma vociferar. Também não tenho disponibilidade para perder tempo a explicar-lhe tudo aquilo que deveria saber e evidentemente não sabe.
        Procure informar-se sobre variáveis fluxo e variáveis stock e depois volte cá!

      • Claro que não vais “perder tempo”… só tiveste tempo comentar sem dizer nada!…
        .
        Não, não sou de economia… esses gurus tem feito um belo serviço na economia mundial…

      • Interessa, precisamente, para saber a evolução em termos absolutos, isto é, ver o perfil do gráfico e, por ele, ver de imediato o que anda a fazer o caganeirento e comunista ministro das massas, em cofre.

      • E por isso está no título da notícia: “Dívida pública sobe 600 milhões de euros em 2019”
        Mas, para os “mercados” o importante é a dívida relativamente ao PIB!

      • KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
        O Eu! levou forte nas orelhas 🙂

      • Este estouvado “Eu” não passa do ridículo constante. De que planeta veio este gajo, não sei. Por vezes é uma risota com a sua lengalenga barata, quase sempre ao serviço de uma ideologia estafada, bancarroteira e algumas vezes tão corrupta.

      • Oh lerdo, estás outra vez baralhado das ideias – isto não é o Facebook!…
        E sobre a noticia, tens alguma coisa a dizer, ou só os habituais delírios?

      • As “dúvidas” deste quase acólito do governo, chamado “Eu” ! Para ele o que interessa é a percentagem, não o montante. Isto é a esfarrapado teoria dos derrotados que arranjam sempre uma saída airosa para o desaire – uma palermice em jeito de delírio
        ideológico, deste artolas “Eu”.

      • Tu é que deves ser um bom acólito… aposto que até vais à missa para mostrar aos outros que és boa pessoa!…
        .
        Nota-se que tens dificuldade em raciocinar mas, se a dívida aumentar em termos absolutos, mas diminuir relativamente ao PIB, é bom ou é mau?
        Pois, vai lá ver o bola!…

  1. Graças à CE, Portugal não tem tido grandes problemas financeiros, o que tem, desde 74 até aos dias de hoje, é um grave problema económico que tem empurrado as finanças para os níveis de endividamento que hoje temos e teremos no futuro se não reformarmos o sistema politico.

  2. Ainda outro dia comentava a dificuldade do ser humano para grandes números. O Jornal de Negócios meteu o pé na argola com este paragrafo “A dívida pública aumentou 600 milhões de euros no ano passado face a 2018, fixando-se em 249.740 milhões de euros” e vocês seguiram.

    A dívida fixou-se em 249.740 MIL milhões.

    Ou seja, 1000 vezes isso que é anunciado.

    • A diferença entre a dívida no final de 2019 e a dívida no final de 2018 foi de 600 milhões de euros. Essa é o aumento da dívida.

      Qual foi a parte que não entendeu?

    • Depende se o . é uma , ou não, e se é em português ou em americano! A dívida é de 249 mil milhões de euros, ou 249000 milhões de euros (sem vírgula ou ponto), ou ainda 249,74 mil milhões de euros! Ainda de outra forma, a dívida é de 2,4974×10^11 euros!

      • Assim também está mal (249000 milhões)!!
        A notícia está em Português, não em “americano” e cá tem que ter espaço (ou ponto) a separar os milhares!
        Portanto o correcto é: 249.740 milhões ou 249 740 milhões (ou 249,74 mil milhões).

    • Comentavas a dificuldade com números e depois ainda escreves uma calinada como: “249.740 MIL milhões”?!!
      Conclusão: tens que voltar ao Ensino Básico!!
      O “ponto” (separador de milhares) é MUITO diferente da “virgula” (separador decimal)!
      249.740 milhões são: “Duzentos e quarenta e nove mil, setecentos e quarenta milhões”.
      O mais correcto seria 249 740 milhões (espaço em vez do ponto), mas assim também está bem.
      Portanto, quem meteu o pé na argola foste tu!!

  3. O Produto Interno Bruto (PIB) é uma medida bruta “para brutos” digo eu. O que pode ter algum interesse para aferir o nível de riqueza será o Produto Interno Liquido, isto é, se ao PIB subtrairmos o valor das importações. Se alguém contruir uma casinha de férias para a familia, o PIB aumenta no valor dos impostos associados e naturalmente que a divida em percentagem do PIB diminui mas a riqueza liquida do país diminui na proporção dos materiais importados.

    • Ó José!!! Só espero que não seja de economia!!! Está totalmente baralhado! O PIB líquido é igual ao PIB Bruto descontado das depreciações (consumo/desgaste que os ativos sofrem ao longo do tempo).

  4. caros amigos, voçês matam a cabeça com números e números e eles é que fazem as dividas, não me interessa números exactos, o que é certo é que estamos mais endividados como disseram em tempos bons e com mais impostos do que nunca visto, só posso dizer volta Pedro Passos Coelho foste um milagre em tempos difiçeis.

    • “só posso dizer volta Pedro Passos Coelho foste um milagre em tempos difiçeis.”
      É uma piada ou és mesmo assim tão ignorante ao ponto de nem sequer saberes que antes do “E” e do “I” o “C” não leva cedilha?!…

    • Passos Coelho fez um trabalho magnífico, reconhecido internacionalmente. E o povo, de certa forma, também o reconheceu, derrotando Costa e dando a vitória a Passos.

  5. O ilusionismo chamado “contas certas”, está visto que era só treta. Este gajo nem com o arrebanhar do maior volume de receitas em 45 anos de democracia e com os milhões e milhões desviados dos Ministérios, consegue a sua prometida redução da dívida externa de Portugal.

  6. Obrigado pela correção. Desconhecia tais “modernices conceptuais”! No entanto, deixe-me fazer o reparo que os activos não se desgastam apenas ao longo do tempo. Desgastam-se por vezes logo na aplicação ou melhor no dia seguinte. Como consegue compatibilizar?

    • Olá José. Por isso referi “…(consumo/desgaste que os ativos sofrem ao longo do tempo).” A depreciação de um ativo pode ser mais longa ou mais curta. Depende do ativo, da sua utilização,…

  7. Um idoso português q vive no Brasil e viu isso acontecer com um governo socialista q por aqui (des) governou por 13 anos herdou uma divida de 200.000 mil milhoes de euros em 2003 e entregou o governo quebrado em 2016 expulsa por burrice e mentiras com uma divida de 1.180.000 mil milhoes de euros, os portugueses são uma raça que acredita ainda no socialismo e esquece que essa divida tem q ser paga pelo povo portugues q vota nesses politicos incapazes de saber governar uma casa onde se gasta mais do que se ganha e se dividirmos os 224.000.000 mil milhoes de euros vemos que cada portugues deve 22.400,00 euros para a Europa, mas como os socialistas e comunistas dizem, SALAZAR é o burro, acorda povo PORTUGUÊS

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