O FC Porto não escorregou antes do decisivo clássico da próxima jornada diante do Benfica.
Neste sábado, os “azuis e brancos” venceram de forma confortável o Vitória FC por 4-0. Corona, Alex Telles , “Tiquinho” Soares e Luís Díaz foram os marcadores de serviço. Esta temporada, nos três duelos entre as duas equipas, registou-se sempre o mesmo resultado a favor dos “dragões” – 4-0.
Com este triunfo, os “visitantes” voltam a ter menos sete pontos do que o rival da Luz, por sua vez os “sadinos”, que duas conquistas de rajada, não tiveram pedalada para acompanhar os argumentos contrários.
Há 59 duelos consecutivos que o conjunto setubalense não sabe o que é vencer os “azuis-e-brancos”. A última vez data de Maio de 1989.
O jogo explicado em números
- Antes do apito inicial de Manuel Mota, houve notas de destaque no onze inicial de cada um dos conjuntos. Do lado sadino, Júlio Velázquez trocou o “veterano” Semedo, que rendeu o “jovem” André Sousa, relativamente ao triunfo ante o Tondela por 3-0.
- Do lado “portista”, e tendo como ponto de referência a vitória frente ao Gil Vicente (2-1), Otávio e Luis Díaz foram apostas, nas vagas de Romário Baró e de Marega, respectivamente.
- Aos oito minutos, Otávio ficou a centímetros de inaugurar o marcador. Foi o primeiro remate do encontro, numa fase em que o Vitória FC sentia inúmeras dificuldades para anular o caudal ofensivo contrário. O domínio “azul e branca” traduzia-se em 69% da posse de bola, três cantos, quatro cruzamentos, dois foras de jogo, dez ataques e dois remates.
- Com 24 toques na bola, 13 passes – eficácia de 77% -, dois cortes, dois remates, ambos bloqueados, um falta cometida e outra sofrida, Otávio era o principal catalisador das investidas do FC Porto. Apenas aos 23′, num cruzamento/remate de Éber Bessa, que ainda tocou em Mbemba, que o emblema do Sado ameaçou pela primeira vez a baliza defendida por Marchesín.
- Sempre bem posicionado, Artur Jorge – com oito roubos de bola -, ia vestindo a pele de “bombeiro” e cortando como conseguia os ataques dos “dragões”. Aos 33 minutos, o FC Porto já contabilizava dez remates – cinco bloqueados e para fora -, contra nenhum dos anfitriões.
- O FC Porto precisou de 12 remates para marcar, mas o primeiro abriu caminho à goleada. Na conversão de um livre batido por Sérgio Oliveira, e após um alívio mal feito dos defensores da equipa da casa, a bola surgiu de feição para Corona, que à entrada da área e sem marcação, atirou com precisão, assinando o 0-1 e o segundo golo na competição em 19 partidas. O lance foi, ainda, analisado pelo VAR, que validou a decisão inicial.
- Antes do intervalo, Sérgio Oliveira fez a assistência e Alex Telles, com um remate cruzado, dilatou a vantagem dos vice-campeões nacionais. Foi o sexto golo do lateral-esquerdo brasileiro nesta edição da Liga NOS, que parece ter trocado o serviço a terceiros (assistências) pela decisão por contra-própria, na Liga em curso.
- Foi sem surpresas que o FC Porto chegou ao intervalo a vencer por 2-0 e os números até poderiam ser outros, não fosse o desacerto dos “comandados” de Sérgio Conceição no momento da finalização.
- O Vitória FC, que até ao apito inicial era a terceira melhor defesa da prova com 16 golos consentidos, foi permeável a defender e sem argumentos no ataque – o primeiro remate à baliza, que saiu por cima, surgiu já no período de descontos.
- Com um GoalPoint Rating de 8.3, Corona “enchia” o relvado do Bonfim, registando dois remates enquadrados, um golo, dois passes para finalização, três passes progressivos certos, 34 acções com a bola e êxito de 100% nas três tentativas de drible que fez.
- Bastaram três minutos na segunda parte para que o FC Porto voltasse a festejar um golo, este obra e graça de “Tiquinho” Soares, que apontou o sétimo golo no campeonato, o 11.º tento nos últimos 16 jogos em que esteve em acção e o 16.º até ao momento em toda a temporada.
- Manafá esteve na génese da jogada, que ainda teve como “protagonistas” Artur Jorge, que falhou o corte, e Makaridze, que não conseguiu agarrar a bola.
- Aos 64′, Carlinhos finalizou o lance mais perigoso do ataque “sadino”. O remate do médio brasileiro saiu um pouco ao lado do poste esquerdo da baliza “portista”. Das duas tentativas da “equipa da casa” nenhuma levou a direcção da baliza.
- Apenas aos 84‘, Sílvio, num cruzamento que acabou em remate, obrigou Marchesín à primeira intervenção na partida. Segundos depois, Carlinhos desferiu uma “bomba” e o guardião argentino teve de voar para suster o “tiro” do médio.
- Já em período de descontos, Luis Díaz fechou as contas do resultado com um remate potente. Foi o quarto golo do internacional colombiano em 16 encontros na Liga NOS. A assistência foi de Otávio.
O melhor em campo GoalPoint
And the winner is… Otávio foi o melhor jogador na partida deste sábado do Bonfim. O camisola 25 concluiu o duelo com GoalPoint Rating de 8.3, números que são consubstanciados nalguns itens,
Entre eles destacamos quatro remates – um dos quais ao poste -, uma assistência para o “tento” de Luis Díaz, três passes para finalização, seis passes progressivos certos, 92 acções com a bola, nove desarmes, três faltas sofridas e sete recuperações de bola.
Exibição de mão cheia do médio.
Jogadores em foco
- Alex Telles 7.7 – Sempre em alta rotação, o lateral-esquerdo voltou a rubricar mais uma exibição de encher os olhos. Sempre oposição da defesa, foi um extremo nos 73 minutos em esteve em cena. Marcou no único remate que fez, falhou apenas cinco dos 29 passes que fez, gizou cinco cruzamentos e teve ainda cinco passes progressivos certos.
- Jesús Corona 7.5 – Considerado o melhor elemento na primeira parte, o extremo mexicano marcou um golo, em dois remates enquadrados, criou três passes para finalização, teve uma eficácia de passe de 81% e não falhou nenhum dos três dribles tentados.
- “Tiquinho” Soares 7.1 – O ponta-de-lança brasileiro é cada vez mais uma opção incontornável para Sérgio Conceição, neste momento. Voltou a marcar, algo que tem feito com bastante regularidade nas últimas semanas, e foi um tormento para os defensores do Vitória FC. Falhou apenas um passe dos 13 tentados e levou a melhor nos seis duelos aéreos que protagonizou.
- Sérgio Oliveira 7.0 – Ninguém notou a ausência de Danilo Pereira. Marcou o livre que acabou por terminar com o golo inaugural, “ofereceu” o 2-0 a Alex Telles, “orquestrou” nove passes progressivos e ainda teve três desarmes.
- Semedo 5.2 – Foi o melhor jogador dos “setubalenses” neste sábado. Teve uma eficácia de passe de 90% – quatro falhados em 40 tentativas -, três duelos aéreos defensivos ganhos, cinco recuperações de bola e quatro desarmes.
- Zequinha 4.0 – O espelho da desinspiração “sadina”: 11 bolas perdidas nos 68 minutos em que foi utilizado, três controlos mal feitos e três dribles consentidos. O extremo teve a pior nota desta partida.
Resumo
// GoalPoint
Se era para rimar como “Três, a conta que Deus fez!”, não resultou!…