Ano vai ser “inevitavelmente” de contestação social, avisa CGTP

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Rodrigo Antunes / Lusa

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse esta sexta-feira que este ano vai ser “inevitavelmente” de contestação social se o Governo e as empresas continuarem a insistir num modelo de baixos salários.

O líder da intersindical falava aos jornalistas, em Lisboa, no final do plenário de sindicatos da CGTP, órgão máximo entre congressos, o último com Arménio Carlos como secretário-geral, que termina o seu segundo e último mandato em fevereiro.

Inevitavelmente [este vai ser um ano de contestação] se continuarmos a ser confrontados com o modelo dos baixos salários e com a manutenção de uma legislação do trabalho que desequilibra as relações de trabalho, que generaliza a precariedade, que reduz os rendimentos”, afirmou o líder sindical.

“É por mais evidente que os trabalhadores vão lutar”, reforçou o secretário-geral da CGTP, defendendo que “hoje, mais do que nunca, é preciso valorizar os trabalhadores e o país” e que isso passa por aumentar salários, pela estabilidade e segurança no emprego e a regulação dos horários de trabalho.

Segundo Arménio Carlos, estas ideias foram aprovadas por unanimidade no plenário de sindicatos da CGTP, assim como foi aprovado um “apoio solidário às lutas” agendadas, como a manifestação nacional da função pública e a greve no setor da distribuição.

1.º de maio será “especial”

O dirigente da CGTP disse que ficou também confirmada a realização de “uma semana pela igualdade entre homens e mulheres”, de 02 a 06 de março, bem como a concretização, no dia 26 de março, de uma manifestação dos jovens trabalhadores contra a precariedade.

Já o 1.º de Maio será “especial” em 2020 porque comemora-se num ano em que a CGTP faz 50 anos e em que se celebram 130 anos das comemorações do Dia do Trabalhador, acrescentou. “Vamos ter um período de intervenção muito ativa, onde o 14.º Congresso da CGTP vai ser o ponto alto desta central sindical”, realçou Arménio Carlos.

Questionado sobre quem será o seu sucessor, o líder da CGTP disse que a questão ainda não foi discutida e que os novos órgãos serão conhecidos até dia 15 de fevereiro, último dia do congresso da central sindical.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Em Janeiro de 2002, ano da chegada do Euro, já trabalhava no ramo ligado ao turismo, tal como hoje. Nesse ano, ganhava – recebia 120.000$00 = € 600 e alugava um quarto duplo por valores de 7.500$00 a 8.000$00 respectivamente € 37.5 e € 40 numa unidade hoteleira bastante rentável. Hoje, Janeiro de 2020, ganho – recebo € 765 = 153.368$00 e aluga-se o mesmo quarto a valores de € 120 a € 150, respectivamente 24.000$00 e 30.000$00. Nesse ano havia no universo de 18 empregados na unidade hoteleira, havia 2 ( aprendizes ) que ganhavam a miséria do salário mínimo. Hoje são 6. Vontade de trabalhar assim, fica difícil. Há aqui qualquer coisa que não bate certo na distribuição de qualquer coisa. Mas isso fica ao critério de quem melhor se souber expressar. Respeitosamente

  2. Bem…..pessoalmente nunca conheci nenhum Ano que não houve-se contestação Social !….o mesmo dizer que este Ano vai ser de Sol e Chuva……com uma pequena aragem !

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