O aumento do número de mulheres na Polícia Judiciária (PJ) está a causar preocupação. Estão em causa “razões operacionais”, como explica a inspectora chefe Carla Pinto, vice-presidente da Associação Sindical dos Funcionários da Carreira de Investigação Criminal, que salienta que não é desejável que haja “uma maioria de mulheres na PJ”. Tudo porque são ou querem ser mães.
Actualmente, as mulheres “já são quase 30% entre dirigentes e inspectoras, com o maior número de sempre de mulheres a ocupar cargos de topo e sensíveis”, nomeadamente a directora nacional adjunta, Luísa Proença, a directora da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, Saudade Nunes, a directora da Unidade Nacional de Contraterrorismo e a directora do Laboratório de Polícia Científica, Alexandra André, como reporta o Diário de Notícias (DN).
O jornal relata ainda que “nos últimos dois cursos as mulheres inspectoras estiveram em maioria na PJ” e que na tomada de posse dos elementos que iniciaram carreira de investigação criminal, em Outubro passado, “28 (72%) eram mulheres e apenas 11 (28%) homens”. A manter-se este ritmo, “em 10/15 anos, as mulheres poderão mesmo dominar a Judiciária”, vaticina o DN.
Este aumento das inspectoras está a causar “inquietação” porque a entrada de mulheres na PJ representa “menos disponibilidade, maior absentismo e menor apetência para o crime violento”, como atesta o DN.
A situação deixa a Associação Sindical dos Funcionários da Carreira de Investigação Criminal (ASFIC) preocupada devido a “constrangimentos operacionais” como refere ao jornal a vice-presidente da entidade, a inspectora chefe Carla Pinto, dando como exemplos “a questão da disponibilidade que se complica quando as mulheres são mães, o que acontece com a maior parte das novas inspectoras” que “logo que engravidam pedem para ir para unidades onde os horários são mais previsíveis, como o crime económico”. Por outro lado, as brigadas “que lidam mais com o crime violento e são mais imprevisíveis, começam a ficar desfalcadas e acabam por sobrecarregar os inspectores mais velhos, que são levados ao limite e adoecem”, acrescenta.
“Não queremos uma maioria de mulheres na PJ”, frisa ainda Carla Pinto, notando que “não está em causa a sua competência, nem capacidade” e que mesmo quanto ao uso da força ou das armas “muitas mulheres superam os homens”.
Mas “há muitas situações operacionais em que não podem mesmo ir mulheres, ou pelo menos não em maior número, como em certos bairros sensíveis, ou quando tem de haver confronto físico, porque no fim da linha acaba por ser mesmo a força o que vale mais”, constata a inspectora-chefe, apelando à Direcção Nacional da PJ para que faça “alguma coisa para travar” esta tendência.
Carla Pinto considera que os testes físicos “são demasiado fáceis para as mulheres” e que se fossem mais equiparados aos dos homens, “não havendo assim discriminação, poderia equilibrar mais as coisas”.
O presidente da ASFIC, Carlos Garcia, alinha pelo mesmo discurso, mas reconhece que as soluções “não são fáceis” e que “podem ser sempre levantadas questões de igualdades e da discriminação”
Como exemplo, Carlos Garcia lembra no Público o caso de Espanha, notando que “entendendo que as mulheres e os homens são iguais, puseram os testes físicos para a entrada na polícia iguais para mulheres e homens e isto levou a que descesse drasticamente o número de entrada das mulheres porque elas, de facto, não conseguiam ter o mesmo desempenho em termos físicos do que os homens”. “O próprio Tribunal Supremo de Espanha veio assumir que os testes não podiam ser iguais porque as mulheres não eram iguais aos homens”, frisa, concluindo que está também em causa “um problema social” e da forma como a sociedade e “alguns bairros sensíveis encaram e olham para a mulher”.
“Ainda na última reunião de sócios, em Coimbra, houve uma inspectora que levantou esta questão e contou um caso em que era preciso ir fazer umas buscas a um sítio de risco e que só havia uma brigada com quatro mulheres e um homem. Tiveram de ir buscar homens a outras brigadas. As pessoas estão preocupadas”, admite Carlos Garcia no DN.
Mas para a investigadora Helena Ferro Gouveia que está a fazer uma tese de mestrado sobre “Liderança Feminina: estereótipos de género no Exército”, é um “preconceito que se diga que as mulheres não estão preparadas fisicamente”. A especialista em comunicação refere ao DN que a PJ deve “começar a pensar em estratégias que ajudem a conciliar a vida pessoal com a vida profissional, com estruturas de apoio internas, licenças parentais, horários flexíveis e trabalho adaptado”.
Nunca li tanto disparate junto e ainda por cima de uma mulher a falar de outras mulheres.
Vá lá. Valha uma mulher que sabe que não se pode pedir segurança a um sistema nacional operado por mulheres.
Não têm capacidade de intervensão, nem fisica nem psicologicamente. São moles e demasiado tolerantes, nunca serviriam para assegurar a segurança dum país ou do que fôr.
“preconceito que se diga que as mulheres não estão preparadas fisicamente”
Aqui nota-se a falta de conhecimento, lógica de quem disse isto.
Claramente as mulheres tem melhores e mais condição física do que os homens! /S
HAHAHA