O acesso à habitação e os baixos salários de pessoas qualificadas são “o problema mais sério” do país, afirma o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou ontem, terça-feira, em Lisboa que o acesso à habitação e os baixos salários de pessoas qualificadas são “o problema mais sério” do país, durante a gravação do programa “BBC World Questions”.
Na gravação do programa da emissora britânica, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, depois de uma questão de um espetador que referia o problema de ser licenciado e ter dificuldades em arrendar casa em Portugal, Pedro Siza Vieira afirmou que “esse é o problema mais sério” que há no país.
“Em 10 anos, os salários de pessoas com menos de 25 anos com educação superior desceram 15% em termos reais. Se olhar para o ajustamento dos salários durante a crise, eles ainda não subiram. É um problema muito significativo”, disse o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital na resposta.
O governante acrescentou que uma outra razão pela qual a dificuldade no acesso à habitação é um problema “é que pessoas que tenham um nível mais alto de instrução são cruciais para o futuro crescimento e prosperidade” de Portugal.
“Se crescemos e tivemos sucesso nestes últimos anos, é porque em 30 anos temos investido em educação. Temos uma população mais instruída que produz melhor”, prosseguiu.
Ao longo do programa, que irá para o ar pelas 19:00 no sábado no serviço mundial da BBC, em inglês, o painel, composto pelo ministro, pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, pelo politólogo António Costa Pinto e pela jornalista Catarina Carvalho, foi recebendo várias questões sobre assuntos do quotidiano nacional.
Um outro espetador abordou a problemática do aeroporto do Montijo e da expansão da Portela, bem como das emissões de dióxido de carbono (CO2) associadas à atividade aeroportuária, tendo o ministro respondido que “tornar-se neutral em carbono não significa parar as emissões completamente”.
“Uma das coisas que sabemos é que no futuro previsível vamos continuar a viajar de avião, as pessoas querem e têm de viajar, particularmente na ponta da Europa, e a aviação vai continuar a usar ‘jet fuel’ [combustível de aviação]. Se expandirmos qualquer aeroporto no mundo, vamos ter mais emissões de CO2”, referiu.
Sobre o caso específico de Lisboa, Pedro Siza Vieira disse que, “se for legalmente requerido, vai ser feito” um estudo de impacte ambiental para a ampliação do aeroporto Humberto Delgado (Portela), mas o necessário é que “o barulho seja reduzido” e “reduzir o número de voos” durante a noite.
“Temos de assegurar que a forma como o aeroporto impacta as vidas, por exemplo, em termos de transporte, é mitigada. Mas não nos podemos livrar de um aeroporto”, concluiu.
No programa da BBC, disponível no ‘site’ da emissora a partir de sábado, um dos temas principais foi também o ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia), com o ministro a dizer que “há um incentivo muito forte para manter o comércio a fluir o mais coerentemente possível” com o Reino Unido.
// Lusa
«…Temos uma população mais instruída que produz melhor…» – Pedro Vieira in ZAP aeiou
Na verdade a afirmação do sr. Vieira não corresponde à realidade, pois a tal «…população mais instruída…» formou-se comprando cursos nas faculdades privadas ou através do facilitismo que se instalou nas universidades públicas nos últimos 45 anos, e isto para não falar que essa tal «…população mais instruída…» sofre na sua generalidade de graves problemas mentais e físicos, a maioria não cumpriu Serviço Militar, não prestam para trabalhar tanto nas áreas em que se formaram como em outra qualquer, para além de não terem noção do como funciona o Mundo e a sociedade onde vivemos.
«…é que pessoas que tenham um nível mais alto de instrução são cruciais para o futuro crescimento e prosperidade…» Pedro Vieira in ZAP aeiou
E os outros? Os milhares de cidadãos(ãs) por este país que não possuem «…um nível mais alto de instrução…», mas que ensinam a trabalhar esses(as) tais do «…nível mais alto de instrução…»? Não contam? Não «…são cruciais para o futuro crescimento e prosperidade…» de Portugal?
Posto isto, é também preciso afirmar que o desastre em que o país se encontra se deve muito à quantidade de gente medíocre e incapaz que tem vindo a ser produzida, embrutecida, e estupidificada, nas escolas e universidades portuguesas, que no fundo são vítimas, no entanto não deixa de ser atroz a incapacidade a todos os níveis dos cidadãos(ãs) que se encontram na faixa etária que vai dos 18 aos 25/26 anos.