As sedes do PSD espalhadas pela Madeira não vão abrir no próximo sábado, para a segunda volta das eleições internas do partido.
As sedes do PSD na Madeira vão estar encerradas no próximo sábado, dia em que se realiza a segunda volta das eleições internas do partido. O boicote é a resposta a Lisboa que anulou os votos dos militantes madeirenses na primeira volta, por decisão do conselho de jurisdição.
“Vamos abrir as sedes para quê? Para depois os votos não contarem?”, justificou Miguel Albuquerque, presidente dos sociais-democratas madeirenses, ao jornal Público. “Já que os votos da Madeira não servem para nada, para quê abrir as sedes?”
A decisão será formalizada esta tarde durante uma reunião da comissão política do PSD-Madeira, marcada para as 18 horas para analisar esta matéria. O que ainda não está decidido é se a Madeira avança ou não com um pedido de impugnação no Tribunal Constitucional. “Ainda não pensei nisso. Vamos ver o que acontece”, disse Albuquerque, citado pelo mesmo diário.
Em causa está a divergência dos cadernos eleitorais e a interpretação do novo regulamento, aprovado em novembro do ano passado, que proíbe os pagamentos de quotas em dinheiro.
A direção nacional do partido insististe que o regulamento é para aplicar em todas as estruturas regionais e distritais. Assim, estão em condições de votar na Madeira 104 militantes, mas o Funchal diz que não, e sustenta que na região autónoma, cerca de 2500 têm as quotas pagas – e, como tal, podem votar.
No sábado, o antigo líder regional do PSD, Alberto João Jardim, anunciou a intenção de impugnar as eleições no arquipélago. “O país tem tribunais. Ainda pode haver recursos. Se acham que eu não tenho razão, e acham que têm, então vão para tribunal”, desafiou Jardim, que é mandatário regional de Rui Rio.
A lei terá que ser igual para todos, não poderá haver excepções!