National Cancer Institute / Wikimedia
Um sistema de inteligência artificial conseguiu identificar, com maior precisão do que especialistas, quais as mulheres que tinham cancro da mama com base nas suas mamografias.
Investigadores da Google Health treinaram um sistema de inteligência artificial para detetar cancro da mama a partir de exames de mamografia de milhares de mulheres do Reino Unido e dos Estados Unidos, avança a AFP.
A equipa de investigadores concluiu que o sistema de IA conseguiu prever o cancro da mama a partir dos exames com uma nível de precisão semelhante ao dos radiologistas, porém, com uma diferença.
Com a inteligência artificial, a percentagem de falsos positivos diminuiu — 5,7% nos EUA e 1,2% no Reino Unido —, bem como o número de falsos negativos — 9,4% no território norte-americano e 2,7% no britânico.
No Reino Unido, as mamografias são realizadas a cada três anos e revistas por dois radiologistas. Se discordarem no diagnóstico, é chamado um terceiro. Nos EUA, os exames são feitos a cada um ou dois anos e apenas um radiologista lê os resultados.
O estudo, liderado pelo investigador Dominic King e publicado na revista Nature, mostrou que o uso da IA para verificar o diagnóstico do primeiro especialista poderia economizar até 88% da carga de trabalho para o segundo clínico.
A equipa declara que são necessárias mais pesquisas, mas espera que a tecnologia possa um dia atuar como uma “segunda opinião” para o diagnóstico de cancro.
