Atualmente, a ADSE tem “650 mil documentos de despesa entregues no regime livre pelos beneficiários e que estão por tratar”, denunciou o economista Eugénio Rosa, vogal da direção do subsistema de saúde dos funcionários públicos.
De acordo com o mesmo responsável, que denunciou a situação ao jornal Público e ao Correio da Manhã, os reembolsos da ADSE enfrentam atrasos “enormes”.
Eugénio Rosa disse ainda que estes 650 mil documentos não incluem os que estão por digitalizar, que andam serão também largas dezenas.
Nesta área, as demoradas são de cerca de “duas semanas”, diz, antecipando que a demora no pagamento aos beneficiários “aumente no primeiro trimestre do próximo ano devido ao atraso na aprovação do Orçamento do Estado para 2020“.
“Eis a forma como se estrangula e destrói a ADSE”, afirma.
Segundo o economista, cerca de 90%” dos documentos de despesa em análise “dão direito a reembolso” e, diariamente, chegam “cerca de 12 mil” para analisar.
Eugénio Rosa acusa o Governo de travar a contratação de trabalhadores, dificultando assim o trabalho deste organismo. “A ADSE enfrenta atualmente dificuldades importantes criadas pelo Governo e pelos seus representantes no conselho diretivo”.
A ADSE “tem atualmente 194 trabalhadores, quando precisa de 270”. A falta de pessoal “está a estrangular a ADSE, a causar a insatisfação dos beneficiários e a fragilizá-la face aos grandes grupos privados de saúde”.
contas:
12 000 faturas / 150 funcionários = 80 faturas por dia / funcionário
80 / 7h de trabalho, dá 11 faturas por hora, o que até é exequível e confortável.
Será que estão a pedir para serem automatizados e o trabalho ficar ainda mais soft?