A distribuição do pernil de porco pela população da Venezuela, uma tradição de Natal, já começou. Mas, neste ano, a carne é fornecida por uma empresa russa, depois da abertura de uma investigação à empresa portuguesa Iguarivarius que foi liderada pelo ex-ministro Mário Lino e que está envolvida em suspeitas de corrupção.
Durante os últimos anos, foi Portugal que forneceu o pernil de porco que é distribuído pela Venezuela na altura do Natal. Mas, neste ano, o país sul-americano está a ser abastecido pela empresa russa SAC Sk Korocha, conforme avança o jornal El Clarín.
A publicação argentina refere que ao país chegaram 13.500 toneladas de pernil de porco provenientes da Rússia, numa compra da ordem dos 11 milhões de euros. No total, a Venezuela admite que vai distribuir 27 mil toneladas de pernil.
O pernil está a ser distribuído no âmbito do denominado “Plano Manjedoura 2019”, mas só estará a beneficiar “alguns venezuelanos privilegiados”, segundo o El Clarín. Isto porque a carne está a ser distribuída nos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP) a que só podem ter acesso os cidadãos com o cartão do partido de Maduro, o PSUV.
O pernil de Natal distribuído por Maduro não é simplesmente oferecido, mas é antes vendido a um preço mais acessível. O El Clarín refere que está a ser vendido por cerca de 10 mil bolívares (à roda de 20 cêntimos) por quilo. O valor fica bem abaixo dos cerca de 4 euros por quilo por que é habitualmente vendido nos supermercados.
Este diferencial de preço estará a levar alguns venezuelanos a revender o pernil para tentar ganhar algum dinheiro extra.
Entretanto, também há rumores de que funcionários dos CLAP estarão a desviar alguns quilos de pernil, em situações de alegada corrupção.
O político da oposição e ex-presidente da Câmara de Caracas, Antonio Ledezma, que está exilado em Espanha, lamentou, através do Twitter, que as pessoas que estão a receber o pernil estão a ser forçadas a agradecer a Maduro em registos vídeo. “Que tristes e dolorosas semelhantes cenas em que as pessoas encurraladas pela fome são compelidas a “dar graças à revolução por um pernil”“, lamenta. “Que forma tão cruel de humilhar um ser humano”, escreve ainda.
Dados divulgados recentemente pela ONU apontam que entre os 26 milhões de venezuelanos, haverá 7 milhões de pessoas subnutridas.
Até ao ano passado, foi a empresa portuguesa Agrovarius SA quem forneceu grande parte do pernil de porco de Natal à Venezuela. Mas a empresa queixou-se de dívidas que não terão sigo pagas pela Venezuela.
Entretanto, a Iguarivarius, de que a Agrovarius faz parte, está a ser alvo de uma investigação por suspeitas de corrupção que envolvem subornos a responsáveis venezuelanos. O ex-ministro Mário Lino foi responsável da empresa e referiu que não se apercebeu de quaisquer irregularidades.
Pernil russo, fazem bem, há por lá bons pernis e para mais com sabor a camaradagem e comunismo, nada melhor!
quem e q no seu juizo perfeito quer pernil tuga com metais pesados pesticidas hormonas drogas antibioticos e ainda outras porcarias
O amigo é um pouco desinformado… no mínimo. Olhe, a título de informação: grande parte da nossa produção de carne de porco não fica em Portugal. É exportada. E se a Venezuela deixou de comprar a nossa e começou a comprar a russa os motivos também são bem conhecidos e nada têm a ver com a qualidade dos dois pernis.
Tem tomado a medicação?!
Como será o pernil da Rússia, pá!
Como será o pernil da Rússia, pá!
Realmente Portugal para além de ser um país de parolos(as), é também um país escroque e medíocre, pois já não bastava ter roubado o dinheiro dos cidadãos Venezuelanos, que se encontra depositado no Novo Banco e retido ilegalmente por esta entidade e o Estado Português, como também tinha que engendrar um esquema criminoso e corrupto através da empresa portuguesa Iguarivarius, que não cumpriu com aquilo a que se comprometeu no acordo assinado com a República Bolivariana da Venezuela (RBV), pondo assim em causa a credibilidade de Portugal como país.
O resto da notícia, nomeadamente as acusações e propaganda contra o governo do Presidente Nicolás Maduro, não possuem qualquer fundamento.