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“Uma clarificação em sentido inverso”. Chega vai mudar o seu programa eleitoral

Depois de ser acusado de defender o fim do Serviço Nacional de Saúde, o Chega, de André Ventura, retirou o programa eleitoral do site e vai alterá-lo para clarificar a posição do partido.

“Uma clarificação em sentido inverso em relação ao que é o espírito do atual programa do partido” em relação à doutrina sobre o Estado Social. Assim explica o fundador do Chega, André Ventura, a razão para as alterações que irá fazer ao programa eleitoral do partido — que já foi retirado do site.

Reconhecendo que há aspetos do programa que não estão clarificados, André Ventura diz que a alteração é necessária “para que não haja duvida de que o Chega e o presidente do Chega estarão sempre ao lado e na defesa do SNS e da escola pública“.

Em declarações ao DN, o político disse que o partido abandonará a ideia de que o Estado não pode ser um “prestador de bens e serviços no mercado de saúde”. Na sua ótica, deve haver um alargamento da oferta privada suportada pelo Estado, enquanto o SNS oferece os seus serviços às pessoas de rendimentos muito baixos.

O programa estará a ser alterado após várias acusações de que o partido defendia o fim do SNS e do Estado Social. No documento intitulado “Programa Político Chega 2019”, com o qual André Ventura concorreu às legislativas este ano, lia-se: “Ao Estado não compete a produção ou distribuição de bens e serviços, sejam esses serviços de Educação ou de Saúde, ou sejam os bens vias de comunicação ou meios de transporte”.

Como solução, o Chega propõe que “o princípio geral a ser seguido pelo Estado deverá ser o de subsidiar o utilizador dos serviços, jamais a instituição que os presta (Escolas, Hospitais, Segurança Social…)”.

Entretanto, desde o início das acusações, o programa foi retirado do site e apenas está disponível um documento chamado “70 medidas para reerguer Portugal”.

ZAP //

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