Alguns pesos pesados do PSD, como Paulo Rangel, Carlos Moedas, Miguel Poiares Maduro, Miguel Morgado ou Jorge Moreira da Silva, não se comprometem com o apoio formal a qualquer dos três candidatos.
Alguns dos mais importantes quadros do PSD não se querem comprometer, pelo menos para já. De acordo com a edição deste domingo do Expresso, Paulo Rangel poderá, mais à frente, manifestar apoio ao atual líder do partido – pelo menos é o que esperam os apoiantes de Rui Rio.
Carlos Moedas é, tal como Rangel, encarado como uma reserva para uma futura liderança do PSD, mas não tomará qualquer posição pública sobre as eleições internas do partido. Em declarações ao matutino, o ex-comissário europeu assumiu que não irá entrar neste debate. “Decidi não apoiar publicamente ninguém.”
“Estou muito interessado em ler e ver que projetos defendem os candidatos. Mais importante do que os nomes, será interessante perceber se o PSD vai ter um projeto inclusivo no que respeita às novas tecnologias [e aos seus desafios] e como se posicionará do ponto de vista ideológico”, disse.
Miguel Morgado, que abdicou de participar nesta corrida interna, é um forte crítico de Rui Rio, pelo que é de esperar que venha a apoiar o candidato mais bem posicionado para destronar o atual líder.
Já Jorge Moreira da Silva, que esteve meses a alimentar uma possível candidatura, afastou-se dos holofotes.
O ex-ministro de Pedro Passos Coelho, Miguel Poiares Maduro, quer ver uma verdadeira reflexão sobre a relação entre o partido e a sociedade civil, e o lugar que devem ter valores como a transparência, o controlo de integridade e combate à corrupção no código genético do PSD, antes de tomar qualquer decisão.
“Enquanto tivermos uma cultura de Administração Pública que permite a fácil captura pelo partidos isso será sempre um fator inibidor de desenvolvimento do país”, pelo que Poiares Maduro está à espera que os três candidatos – Rio, Montenegro e Pinto Luz – falem sobre estes temas.
“Estou à espera. Só faz sentido manifestar apoio público se estiver fortemente convicto. Neste momento, não estou, nem tenho nenhuma posição tomada“, confessou.