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Polícia alemã recolhe ADN de 900 homens para resolver crime com 20 anos

Kevin T. Murray, Jr. / wikimedia

Amostras de ADN dos primeiros de cerca de 900 homens foram recolhidas este sábado, numa escola de Grevenbroich, no Oeste da Alemanha, numa nova investida para resolver o caso do assassinato brutal de uma menina de 11 anos, em 1996.

Os homens tinham entre 14 e 70 anos quando Claudia Ruf foi morta, e moravam nas proximidades da cidade. Além de submetê-los ao teste de esfregão da mucosa bucal, os investigadores pediram que respondessem perguntas referentes ao homicídio.

Segundo dados da polícia, no fim do dia 480 homens haviam fornecido amostras do seu ADN. As recolhas continuarão este domingo e no fim de semana seguinte, e os resultados deverão estar disponíveis dentro de quatro a oito semanas.

De acordo com o Deutsche Welle, a menina foi raptada em 11 de maio de 1996, quando levava o cão de um vizinho para passear. Em seguida foi violada e morta por estrangulação. O seu corpo, encharcado com gasolina e incendiado, foi encontrado dois dias mais tarde, a cerca de 70 quilómetros de Grevenbroich, próximo a Bonn.

Seguiu-se uma gigantesca investigação, com apelos ao público em autocarros e comboios, e uma oferta de recompensa, mas sem resultado. Em 2010, os investigadores testaram o ADN de cerca de 350 homens, sem sucesso. Agora, afirmam dispor de novas pistas possibilitando-lhes encontrar o assassino entre os 900 voluntários.

Um deles é Horst I., que tinha 27 anos quando ocorreu o crime. “Foi simplesmente pavoroso”, comentou à agência de notícias DPA. “Podia ter sido a minha filha, tinham a mesma idade.” O homem considera ser um dever dos habitantes participar nos exames e espera que a família Ruf possa encontrar uma conclusão.

No início de novembro, o pai da vítima, Friedhelm Ruf, dirigiu-se ao público num novo vídeo, num pedido de ajuda para resolver o enigma em torno do assassinato: “Depois de mais de 23 anos, há uma grande oportunidade de desvendar o triste destino da minha filha. O perpetrador conseguiu esconder-se atrás de nós todos por demasiado tempo.”

Segundo o chefe do Departamento de Homicídios da polícia de Bonn, Reinold Jordan, a investigação revelou que o criminoso tinha uma relação estreita com a cidade, e deve ter usado um porão, garagem ou cabana de jardim para perpetrar o crime.

ZAP //

 

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