Um estudo do INE espanhol está a receber duras críticas por alegadamente infringir a privacidade de dados dos cidadãos. O gabinete irá monitorizar os telemóveis dos espanhóis.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Espanha deu esta segunda-feira início a um estudo sobre a forma como os espanhóis se deslocam. Para tal, o INE vai rastrear os telemóveis dos cidadãos durante oito dias distribuídos entre novembro e agosto.
O gabinete responsável pelo tratamento de dados estatísticos pretende compreender a concentração dos espanhóis em determinadas regiões. No entanto, a invasão de privacidade levada a cabo está a levar à contestação de muitas pessoas, que não se sentem confortáveis.
Segundo o El Economista, para monitorizar os telemóveis dos cidadãos, o INE pagou às operadoras meio milhão de euros. “As operadoras não irão facilitar dados individuais sobre os números de telefone, nem sobre os titulares dos terminais, pelo que em caso algum o INE poderá saber a posição de um terminal em específico”, explicou o INE ao diário económico espanhol.
Apesar de muitos duvidarem da legalidade do método com que o estudo está a ser conduzido, o INE contesta que esta se trata de uma análise estatística “realizada, como todas as outras, à luz da lei, que garante o segredo estatístico e cumpre com todos os requisitos da proteção de dados”.
Um porta-voz da Vodafone garante também que “a informação é totalmente anónima, não se podendo rastrear se um número se move de um lugar para o outro”. A Vodafone garantiu ainda que é muito meticulosa e exigente com o “respeito pela privacidade dos dados”, relembrando que qualquer utilizador pode desativar as permissões para que os seus dados sejam recolhidos.
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