Os trabalhadores das misericórdias portuguesas cumprem um dia de greve, em luta por melhores condições de trabalho e aumentos salariais, tendo prevista uma concentração em Lisboa.
O pré-aviso de greve foi anunciado pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e o protesto, que inclui trabalhadores da União das Misericórdias e das misericórdias, tem por objetivo a valorização dos trabalhadores, dignificação profissional e aumento dos salários de 2018 e 2019.
O sindicato afirma que “desde 2016 que os trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas e das Misericórdias não têm qualquer valorização remuneratória, tão pouco qualquer aumento salarial nas Tabelas Remuneratórias Mínimas”.
Contudo, acrescenta, “o Governo pôs à disposição do Setor Social e Solidário, onde se incluem as misericórdias, 1,5 mil milhões de euros por ano, o que representou uma atualização anual dos valores das respetivas comparticipações, em 2016, de 1,3%, em 2017, de 2,1% e, em 2018, de 2,2%, sem que, nestes anos, houvesse qualquer aumento salarial para os trabalhadores”.
O sindicato afirma que, “não obstante o aumento da Remuneração Mínima Mensal Garantida ao longo destes anos, que ultrapassou em cerca de um terço os níveis/escalões das Tabelas Gerais, abrangendo já mais de metade dos trabalhadores e independentemente da carga horária semanal, a inflação dos anos de 2016, 2017 e 2018, em que os trabalhadores não tiveram qualquer aumento salarial, veio acentuar a perda do poder de compra em mais 0,6%, mais 1,4% e mais 1%, referentes à inflação daqueles anos, respetivamente”.
Nesse sentido, afirmam que o Governo tem de “obrigar o Setor Social a promover uma política de melhores salários e trabalho com direitos para os seus trabalhadores“.
// Lusa