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Deputados do PSL pedem expulsão de Eduardo Bolsonaro do partido

Parlamentares do Partido Social Liberal (PSL) pediram esta quinta-feira a expulsão do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, da estrutura partidária.

A representação que pede a expulsão de Eduardo Bolsonaro do Partido Social Liberal (PSL) foi assinada pelo líder do partido na câmara alta, Major Olímpio, e pelos deputados federais Abou Anni, Coronel Tadeu, Joice Hasselmann e Júnior Bozzella.

De acordo com a TSF, Eduardo Bolsonaro tem agora cinco dias para apresentar a sua defesa. O pedido de expulsão ocorre no meio de uma crise do PSL, dividido entre os apoiantes de Jair Bolsonaro e os que defendem o presidente do partido, Luciano Bívar.

Na segunda-feira, o filho do Presidente brasileiro conseguiu reunir assinaturas de mais de metade dos membros do partido na câmara baixa parlamentar e tornou-se líder da bancada parlamentar. O PSL era uma formação de baixa representatividade no parlamento do país, com apenas um deputado, até às eleições de 2018, quando se tornou no segundo maior partido da câmara baixa, elegendo 53 dos 513 deputados desta casa parlamentar.

No entanto, desde o início do ano, o partido vive momentos conturbados, porque é alvo de investigações sobre alegadas candidaturas fantasma de mulheres e de desvio de dinheiro das campanhas destas para outras finalidades.

O financiamento eleitoral no Brasil é suportado maioritariamente com dinheiro público e a lei estabelece que todos os partidos devem utilizar 30% das verbas para a promoção de candidaturas de mulheres.

O Folha de S.Paulo revelou denúncias que estão a ser investigadas pelas autoridades policiais sobre mulheres que teriam recebido grandes somas de dinheiro para lançarem candidaturas pelo PSL, mas que tiveram uma baixa votação porque, supostamente, não fizeram campanha.

O partido de Jair Bolsonaro também está envolvido num outro caso muito semelhante que levou a Promotoria (equivalente ao Ministério Público português) a denunciar formalmente o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro António.

O ministro, único representante do PSL no gabinete de Bolsonaro, foi acusado de promover “candidatas fantasma” para aumentar os recursos do fundo partidário. O chefe de Estado brasileiro chegou a propor uma auditoria às contas do PSL para verificar se o partido cometeu atos irregulares e também ameaçou deixar o partido, duas situações que ainda não se concretizaram.

Além do chefe de Estado e de Eduardo Bolsonaro, também Flávio Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil, foi eleito pelo PSL, mas para a câmara alta do Congresso. Já Carlos Bolsonaro, outro filho do Presidente brasileiro, foi eleito em 2016 para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro pelo Partido Social Cristão (PSC), mas afastou-se destas funções este ano.

ZAP // Lusa

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