Dois call-centers que praticavam um tipo de fraude que fez milhares de vítimas em todo o mundo, entre as quais muitas pessoas de idade, foram encerrados em Calcutá.
A operação, que envolveu as polícias indiana e britânica, bem como a Microsoft, revelou um crime que se vale da pouca informação de muita gente em matéria de informática, funcionando com base no medo.
O esquema assenta numa oferta de “apoio técnico” que alguém recebe, normalmente em nome de uma empresa conhecida como a Apple ou a Microsoft. O referido apoio promete tratar de todos os problemas que a pessoa tiver com o seu computador e é proposto a um preço acessível.
Ao subscrever o serviço, o cliente disponibiliza informação sobre o seu cartão de crédito, a pretexto de “validar” cópias de software utilizado. Ao fim de algum tempo, porém, recebe um alerta a dizer que o seu computador está em risco se não pagar uma soma mais elevada.
No entanto, não só não há risco nenhum, como também a empresa não é aquela que diz ser. As pessoas acabam por pagar muito por software inútil. O esquema dura há muito tempo e as sete detenções agora efetuadas são o resultado de um esforço policial que durou quatro anos.
“Não se iludam. Estas companhias são o domínio de criminosos sem escrúpulos que não se deterão perante nada até roubarem completamente as suas vítimas. São persuasivos, tenazes e desenvolveram sistemas sofisticados para fugirem a ser capturados”, alertou um comissário da polícia de Londres, citado pelo semanário Expresso.
Em apenas um ano, este tipo de crime deu origem a 23.500 queixas feitas à polícia britânica. Outros países que têm sido atingidos são os Estados Unidos e o Canadá. A polícia recomenda verificar sempre a identidade de quem faz os contactos e não responder a mensagens que aparecem no ecrã a dizer que há um problema com o computador.