O líder do PSD/Açores, Alexandre Gaudêncio, demitiu-se esta terça-feira do cargo e vai pedir eleições internas diretas, não adiantando se se irá recandidatar ao cargo que assumiu há um ano.
Alexandre Gaudêncio anunciou esta terça-feira, em conferência de imprensa na sede do PSD/Açores, em Ponta Delgada, que se demite do cargo e que vai levar a Conselho Regional o pedido de antecipação de eleições internas da estrutura regional do partido. O líder dos sociais-democratas açorianos adiantou ainda que “este não é o momento” para avançar se se recandidatará ao cargo.
Gaudêncio foi alvo de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeita de violação de regras de contratação pública, de urbanismo e ordenamento do território na autarquia que dirige (Ribeira Grande).
Este verão, o presidente da Câmara da Ribeira Grande e líder do PSD-Açores, Alexandre Gaudêncio, foi constituído arguido num processo que investiga “crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos”.
Em causa estava um contrato com o MC Kevinho para um concerto ocorrido em abril no município açoriano. Além dos valores previstos no contrato, por ajuste direto, o artista brasileiro ainda ficou com as receitas de bilheteira.
Na altura, os vereadores do Partido Socialista na autarquia açoriana classificaram como “abusiva” a contratação do cantor brasileiro, pelo montante de 123 mil euros, uma situação que “ultrapassa o que se pode considerar como valores anormalmente elevados”. Segundo o PS, além de o contrato “ultrapassar o montante máximo estipulado para o regime de ajuste direto, não foi objeto de discussão em reunião camarária”, cita a revista.
O Conselho Regional, marcado para dia 26 de outubro, na ilha Terceira, será decisivo para perceber quem serão os possíveis candidatos ao cargo.
ZAP // Lusa