A taxa de abstenção parece não dar sinal de baixar. Se ao meio-dia, a afluência às urnas era de 18,83%, às 16h, a taxa de participação não ultrapassava os 40%.
Segundo dados revelados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, às 16h de Portugal Continental, a afluência às urnas era de 38,59%. Nas últimas legislativas de 2015, a taxa de participação à mesma hora era de 44,38%.
Isto significa que até às 16h de hoje foram votar 4,2 milhões de portugueses, cerca de 125 mil menos do que nas últimas legislativas, na mesma altura do dia. Em 2015, a abstenção total foi de 44,14%, tendo aumentado em comparação com as de 2011, quando foi 41,97%.
Esta é a 16.ª vez que os portugueses serão chamados a votar em legislativas, concorrendo a estas eleições um número recorde de forças políticas — 20 partidos e uma coligação — embora apenas 15 se apresentem a todos os círculos eleitorais.
Nestas eleições, há quatro partidos novos – Aliança, Reagir Incluir Reciclar (RIR), Chega, Iniciativa Liberal, sendo a única coligação a CDU, que junta PCP e PEV e independentes.
Durante a manhã vários políticos foram às urnas, fazendo diversos apelos aos portugueses para que fossem votar. Marcelo Rebelo de Sousa deixou ontem o apelo ao voto, algo que “parece justo e mesmo urgente”. Também o primeiro-ministro António Costa apelou a “uma grande participação eleitoral” de todos os cidadãos, esperando que “cada um faça a escolha que, obviamente, deseja fazer”.