Denúncias nas redes sociais mostravam esgotos a céu aberto junto ao panorâmico de Monsanto, com dejetos como restos de papel higiénico, luvas de plástico e bocados de comida.
Segundo o Expresso, as fotografias e os vídeos que começaram a ser partilhados nas redes sociais, este fim-de-semana, mostravam esgotos a céu aberto junto ao panorâmico de Monsanto, em Lisboa, onde decorreu o Festival Iminente, que se realizou entre 19 e 22 de setembro.
A zona ficou contaminada por água suja, com dejetos como restos de papel higiénico, luvas de plástico e bocados de comida.
A Câmara Municipal de Lisboa já reagiu ao incidente no Facebook, dizendo que este se deveu a “uma rutura num coletor público”, desconhecendo-se para já as suas causas.
“Uma equipa da CML iniciou, ontem mesmo, os procedimentos para limpar o terreno através da remoção das terras afetadas, que se encontram numa zona de difícil acesso, garantido que não há qualquer impregnação e contaminação do solo”, refere a autarquia no comunicado.
“Ao contrário do que tem sido referido, a presença de resíduos no terreno não está ligada ao uso das casas-de-banho, que são respeitadoras das mais elevadas normas ambientais, certificadas pela CML“.
Neste momento, os serviços de saneamento camarários “estão a analisar as causas para a rutura do coletor, que tinha sido alvo de uma vistoria a 10 de agosto de 2019 — a anteceder a realização do festival”.
Em declarações ao Público, a organização do festival Iminente garante que “cumpriu rigorosamente todas as diligências, em sintonia com os órgãos da Câmara Municipal de Lisboa, mais especificamente os seus departamentos de ambiente e saneamento, para que todo o ecossistema fosse respeitado e as regras de funcionamento e de descargas cumpridas”.
“Assim que a organização teve conhecimento da situação alertou as entidades responsáveis para que se corrigisse o sucedido”, acrescenta a organização do evento, dizendo ainda que também contrataram uma empresa que se encontra no local a proceder à aspiração e limpeza dos terrenos de forma a reduzir “qualquer tipo de impacto ambiental que possa ter sido causado”.
“A filosofia do festival pauta-se pelo respeito do espaço onde se insere, uma das causas que continuamos a abraçar é a do respeito para com o Parque Florestal de Monsanto”, conclui a nota da organização, citada pelo jornal.