/

Israel. Netanyahu propõe ao partido da oposição criar um “governo de unidade”

World Economic Forum / Flickr

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desafiou nesta quinta-feira Benny Gantz, líder do partido rival, para formar um “governo de unidade”.

As eleições em Israel, na terça-feira, determinaram um cenário em que nem o partido Likud (direita) do primeiro-ministro cessante, Benjamim Netanyahu, nem a coligação de oposição Azul e Branco (centro), de Benny Gantz, conseguem garantir uma maioria parlamentar que sustente um Governo. Por isso, restam as coligações ou a crise política.

Na véspera falou-se num empate técnico, ao julgar-se que ambos os partidos em causa teriam garantido o mesmo número de cadeiras no Knesset: 32 de 120. Esse resultado provisório veio agora alterar-se na manhã desta quinta-feira, contou o Independent, citado pelo Expresso.

É que esta manhã os resultados parciais revelavam que Benny Gantz poderá ter mais deputados eleitos do que o atual primeiro-ministro. São necessários 61 membros do parlamento para uma maioria e, assim, formar governo.

 

 

Palestina prefere um Governo sem Benjamim Netanyahu

O Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, pronunciou-se na quarta-feira contra um novo Governo israelita liderado por Benjamim Netanyahu, no dia seguinte às eleições que colocaram o primeiro-ministro cessante em igualdade com o líder da oposição.

As eleições em Israel, na terça-feira, determinaram um cenário em que nem o partido Likud (direita) do primeiro-ministro cessante, Benjamin Netanyahu, nem a coligação de oposição Azul e Branco (centro), de Benny Gantz, conseguem garantir uma maioria parlamentar que sustente um Governo, noticiou a agência Lusa.

Benedikt von Loebell / World Economic Forum / Flickr

O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas

Perante este cenário de previsível crise política, o Presidente da Palestina não escondeu a sua preferência sobre o futuro político de Israel, manifestando-se favorável a uma mudança de cor partidária no futuro Governo.

“A nossa posição: contra Netanyahu”, respondeu Mohamoud Abbas, quando questionado pelos jornalistas sobre qual o cenário que gostaria de ver em Israel, durante uma visita de Estado a Oslo, na Noruega.

Estas declarações contrastam, contudo, com a visão mais conciliadora do ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, que se tinha mostrado mais recetivo a diversos cenários governativos em Israel.

“Estamos disponíveis para nos sentarmos com quem seja capaz de formar Governo e reiniciar negociações”, tinha afirmado Riyad al-Maliki, na qaurta-feira de manhã, acrescentando que a Palestina está pronta para conversar “com base no direito internacional e nas resoluções da ONU”, procurando uma saída para um conflito que se arrasta desde meados do século XX.

As declarações do Presidente da Palestina, ao final do dia de quarta-feira, em Oslo, contrariam este espírito de abertura do chefe da diplomacia palestiniana e colocam de novo em risco as possibilidade de negociação se a solução governativa saída das eleições em Israel passar por uma nova liderança de Benjamin Netanyahu.

TP, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.