David Maxwell / EPA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Esta terça-feira, Donald Trump voltou a atacar Jerome Powell, o presidente da Reserva Federal, pressionando para uma política de cortes nas taxas de juro na próxima reunião do banco central, que se realiza a 18 de setembro.
No Twitter, o Presidente norte-americano voltou a atacar Jerome Powell, responsabilizando o presidente da Fed pelos primeiros sinais de abrandamento económico nos Estados Unidos, vindos do setor industrial.
“A Reserva Federal (Fed) gosta de ver os nossos industriais debaterem-se com as suas exportações em benefício de outras partes do mundo. A nossa Fed está a errar já há muito tempo!”, escreveu no Twitter.
O setor industrial dos Estados Unidos está a contrair-se há dois trimestres consecutivos e dá os primeiros sinais de que a guerra comercial com a China começa a fazer estragos. Na quinta-feira, será divulgada uma nova estimativa do crescimento conjunto da economia dos EUA no segundo trimestre.
De acordo com o Expresso, a 26 de julho, a estimativa rápida do Bureau of Economic Analysis apontava para uma desaceleração em cadeia de 1 ponto percentual do primeiro para o segundo trimestre do ano, um abrandamento de 3,1% entre janeiro e março para 2,1% entre abril e junho.
Para a Casa Branca, a responsabilidade deste abrandamento é do banco central dirigido por Powell, que começou a cortar tarde e pouco em julho, e não dos efeitos da guerra comercial contra a China e da instabilidade que atormenta os investidores e empresários.
A nova reunião da Fed acontece no dia 18 de setembro, e Trump não tem abrandado na pressão junto dos banqueiros centrais. A 23 de agosto, também no Twitter, perguntou “qual era o maior inimigo” dos Estados Unidos: o presidente chinês, Xi Jinping, ou o responsável pela Fed, Jerome Powell.
No mesmo dia, Powell respondeu a Trump: “[A política monetária] não pode fornecer um guia para o comércio internacional”.