Nas semanas após um acidente nuclear fatal num campo de tiro de armas navais em Nyonoksa, quatro sensores de partículas radioativas que enviavam dados do território russo para uma rede de monitorização internacional desligaram-se misteriosamente.
As interrupções foram originalmente relatadas pela CNN com referência à Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO).
Primeiro, a falha na transferência de dados foi explicada como um problema técnico. No entanto, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, divulgou um comunicado que dizia que a cooperação do país com a monitorização radioativa internacional era “puramente voluntária” e não deveria afetar o desenvolvimento de armas.
Enquanto algumas das estações de monitorização de radiação na Sibéria já retomaram a partilha dos seus dados, a comunidade internacional está agora a questionar se a interrupção foi uma coincidência ou parte do encobrimento do acidente nuclear em Nyonoksa.
Na quinta-feira, dia 8 de agosto, uma explosão num campo de testes militar na região de Arkhangelsk, na Rússia, fez com que as leituras de radiação nas cidades vizinhas aumentassem para 2 microsieverts por hora durante cerca de 30 minutos. Este pico é cerca de cinco a 20 vezes a dose de fundo de 0,1 e 0,4 microsieverts por hora, embora não seja mortal nem prejudicial.
No entanto, as autoridades russas confirmaram que cinco pessoas morreram na explosão, e acredita-se que todas tenham sido cientistas de armas. Pouco mais foi dito publicamente, além das alegações da agência nuclear estatal russa ROSATOM de que a explosão era um “motor de foguete” com uma “fonte de energia de radioisótopo”.
Desde então, tem havido especulações de que o desastre foi causado pelo lançamento fracassado de um míssil Burevestnik 9M730, apelidado de “Skyfall” pelos aliados da NATO, um míssil de cruzeiro nuclear experimental com alcance intercontinental alimentado por um reator nuclear.
Os reatores nucleares utilizam energia através de um processo conhecido como fissão, em que um núcleo atómico se divide em dois ou mais núcleos menores. Como esta é uma reação exotérmica, a fissão de elementos pesados liberta uma grande quantidade de calor e energia com uma quantidade relativamente pequena de combustível.
Vários grupos ambientalistas russos já pediram ao Governo para divulgar mais informações em relação à explosão, mas as autoridades continuam praticamente em silêncio total.
Estes qualquer dia rebenta-lhes a bomba nas mãos, deve ser efeitos da vodka!
Uma acabou de rebentar. Venham mais.
O problema é que as bombas rebentam lá, mas os efeitos podem chegar cá…..