Família de Aretha Franklin cria fundo para a investigação de cancro raro

Jeff Kowalsky / EPA

Um ano após a morte da cantora, a família de Aretha Franklin criou um fundo de apoio à investigação na área dos tumores neuroendócrinos, a doença rara que se revelou fatal para a celebridade, a 16 de agosto de 2018.

O apoio destina-se à Neuroendocrine Tumor Research Foundation (NETRF), com sede em Boston, e irá garantir um programa de investigação de dois anos. “A família de Arteha Franlkin tem a honra de colaborar com a NETRF para ajudar a angariar fundos para a educação e pesquisa desta doença devastadora que leva, cedo demais, aqueles de quem mais gostamos”, disse Sabrina Owens, sobrinha da cantora e representante da família, em comunicado.

A Women’s Informal Network, com sede em Detroit, homenageou a rainha da soul com uma doação de 1.500 dólares. O objetivo é que a angariação, aberta a todas as entidades que queiram contribuir, atinja os 300 mil dólares no início de 2020, de acordo com a Detroit Free Press.

“Encorajamos todos os amigos, fãs e apoiantes a contribuir para esta causa, até sermos capazes de erradicar este cancro. Acreditamos que é possível”, prossegue o comunicado da família.

O Fundo Aretha Franklin destina-se a apoiar a pesquisa em torno do tumor neuroendócrino, a mesma tipologia com que a cantora terá sido diagnosticada, pela primeira vez, em 2010. A doença é rara, representando apenas 7% dos casos de cancro no pâncreas, e será a mesma que vitimou Steve Jobs, CEO da Apple, em 2011.

“Não sabemos todas as respostas. Os investigadores estão a tentar compreender este tumores ao nível celular e — através dos tratamentos disponíveis — o porquê de alguns pacientes responderem e outros não”, afirmou Elyse Gellerman, diretora executiva da NETRF.

Além de financiar a investigação, Gellerman admite a importância do fundo na discussão e na difusão de informação em torno desta doença rara. “Sei que a comunidade se sentiu frustrada quando a causa de morte de Aretha Franklin foi erradamente reportada”, continua a investigadora, referindo-se às notícias de que a cantora teria sucumbido a um cancro no pâncreas comum.

Aberto a todos os donativos, nada foi divulgado sobre o financiamento do fundo por parte da família de Aretha Franklin.

A cantora norte-americana Aretha Franklin, conhecida como rainha do soul, faleceu aos 76 anos. Conhecida por enormes sucessos como “You make me feel like a natural woman”, era considerada uma das melhores cantoras de todos os tempos.

A cantora norte-americana foi diagnosticada com cancro em 2010 e cantou pela última vez em novembro do de 2017, para a Elton John AIDS Foundation, tendo feito o seu último concerto em Filadéflia, no Estado da Pensilvânia, em agosto do mesmo ano.

Advogados e parentes da estrela disseram, na época, que Aretha Franklin não tinha deixado um testamento. Mas, em maio deste ano, foram encontradas três versões. Dois de 2010 estavam num gabinete fechado e apareceram quando a chave foi encontrada. O mais recente, de março de 2014, estava escondido sob as almofadas da sala.

O documento parecia conceder os bens da famosa cantora aos seus parentes. Os testamentos têm uma carta muito difícil de decifrar com palavras riscadas, bem como frases nas margens.

ZAP //

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