Uma investigação da Universidade de Coimbra sobre o sistema robótico de impressão 3D, que tem despertado o interesse da indústria 4.0, foi distinguida por uma editora científica internacional na categoria de Robôs Industriais.
“Este novo sistema permite a impressão de peças metálicas de grandes dimensões, em vários ângulos e planos, de forma muito mais simples e rápida”, explica em comunicado a universidade, sublinhando que este prémio é um reconhecimento internacional da qualidade e novidade do trabalho desenvolvido nesta área.
O artigo sobre o projeto desenvolvido por Norberto Pires, da Universidade de Coimbra, em parceria com o investigador Amin S. Azar, do Instituto Tecnológico para a Indústria da Noruega (Sintef, em Oslo), e publicado na revista Emerald Insight, foi distinguido com um dos Prémios Emerald Literati.
O artigo Advances in robotics for additive/hybrid manufacturing: robot control, speech interface and path planning é “um dos trabalhos mais excecionais que a nossa equipa leu em 2018”, justifica a editora Emerald no anúncio da distinção, citada no comunicado.
Entre as principais mais-valias da investigação, está o facto de dispor de “seis eixos de movimento (o dobro da performance das impressoras 3D tradicionais) e de um software de simulação em tempo real (que evita a necessidade de executar sucessivas tentativas, até se obter um objeto com as características pretendidas)”.
“A nossa estratégia foi a de reunir uma vasta e muito competente equipa internacional, de forma a ser possível realizar contribuições que nos permitam liderar o desenvolvimento científico e industrial nesta área”, refere no comunicado Norberto Pires.
“Este trabalho alertou grandes empresas internacionais, o que é muito importante e estratégico para a Universidade de Coimbra, pois só assim poderemos demonstrar a nossa capacidade de influenciar decisivamente os grandes desafios tecnológicos do século XXI)”, salienta ainda o investigador, acrescentando que tem de se ter “presente que a manufatura aditiva é uma das tecnologias-chave da nova revolução industrial (indústria 4.0)”.
// Lusa